O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, avançou, no sábado, na freguesia da Eja, que as obras para a construção da Capela e Centro Interpretativo de Santo Amaro, vão iniciar esta semana.

Na sua intervenção, o autarca revelou que a obra está orçada em cerca de 250 mil euros, sendo paga integralmente a expensas da câmara municipal.

“O equipamento tem o apoio financeiro devidamente assegurado pela câmara municipal e a obra foi contratualizada através de um concurso público”, disse, salientando que o projecto foi feito em articulação com a Associação Santo Amaro para o Desenvolvimento da Freguesia da Eja.

O autarca destacou, também, que no âmbito do processo para a construção da capela e do centro interpretativo, a câmara já tinha atribuído à instituição um cheque no valor de 25 mil euros.

“Logo no início do mandato agarramos este dossier que vinha do mandato anterior, afinamos os projectos, as questões mais técnicas e fomos fazendo o projecto em articulação com a associação que demonstrou dificuldades financeiras em levá-lo por diante”, disse, salientando que mesmo com o apoio financeiro, a autarquia verificou que a associação tinha dificuldades para avançar com a obra.

O chefe do executivo especificou, também, que a câmara decidiu avançar com a construção da capela e do centro interpretativo pela importância histórico-cultural do santo e do local, mas, também, pelo facto de a zona sul do concelho e a freguesia da Eja revestir uma importância acrescida para o município em termos turísticos.

“A zona sul do concelho tem um potencial turístico imenso. Queremos promover o turismo, que os turistas tenham programas que lhes ocupem o tempo. Sabemos, por outro lado, que o turismo relacionado com a história e o património está a crescer e por isso achamos que esta zona irá ter, quando as obras estiverem concluídas, um turista mais esclarecido, com mais poder de compra”, sublinhou, reiterando que a autarquia tem apoiado a zona de Entre-os-Rios, nomeadamente com a requalificação da zona ribeirinha, faltando apenas colocar os sanitários que faz parte da parceria da APDL.

“Pensamos que até ao final do mês a sua instalação estará concluída”, frisou.

“O centro vai ser um ponto de referência do Museu Municipal. É fundamental que todos estes achados sejam cuidados, recolhidos e tratados. Temos o dever de cuidar das nossas memórias. Não existindo um espaço com as condições adequadas, com técnicos e especialistas, corremos o risco de perder esse património”, assegurou.

O presidente da Junta de Freguesia da Eja, António Guedes, realçou o trabalho do grupo de cidadãos de Ameixêde, os primeiros a pensarem e a idealizarem a construção da capela, assim como os passos que foram dados para a adquirir o terreno e constituir a Associação Santo Amaro para o Desenvolvimento da Freguesia da Eja.

O autarca elogiou, ainda, o trabalho da câmara municipal no sentido de estruturar o projecto assim como o papel do anterior presidente da câmara, Alberto Santos, que desempenhou, segundo o autarca, um papel preponderante neste processo.

“Falta ainda muito. Esta é a primeira pedra. É um orgulho para mim estar aqui e será com muito orgulho que aqui estarei a presenciar o corte da primeira fita do centro interpretativo e da capela de Santo Amaro como cidadão”, expressou, referindo-se, ainda, ao trabalho da equipa do Museu Municipal, responsável pelas escavações que foram feitas no Monte de Santo Amaro.