“Incrédulo”. É assim que José Carlos Barbosa, deputado socialista na Assembleia da República (AR), diz sentir-se ao saber que o líder do PSD de Paredes lamentou publicamente que a A41 e A42 continuem a ser pagas, quando foi este o partido que “votou contra a proposta do PS para a eliminação das portagens nas SCUT”.
Em comunicado enviado ao VERDADEIRO OLHAR, o deputado denuncia a “falta de rigor e de preparação política” de Ricardo Sousa, porque “tenta enganar os paredenses com afirmações infundadas e completamente desprovidas de verdade”. E destaca que, enquanto deputado socialista de Paredes, tem “estado ativamente empenhado na redução dos custos das portagens das ex-SCUT A41 e A42”.
Um empenho que vem de 2015, altura em que o partido que representa lutou pela implementação de “medidas concretas que resultaram numa redução significativa dos preços das portagens, hoje reduzidas a 50% do valor inicial”. Quer isto dizer que, “o PS tem trabalhado consistentemente para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, ao contrário do PSD que se limita a lançar confusão e desinformação”, frisou.
Assim, José Carlos Barbosa acusa o líder dos laranjas de “mentir” aos habitantes de Paredes ao “não reconhecer que foi o próprio PSD que votou contra a proposta do PS para a eliminação das portagens nas SCUT”, ou seja, “se houvesse um verdadeiro interesse em beneficiar os paredenses, teria apoiado esta iniciativa em vez de se colocar do lado oposto”.
Para além disso, e na mesma nota de imprensa, o socialista vai mais longe e censura o PSD por também “não apresentar alternativas credíveis”, desafiando o líder Ricardo Sousa “a propôr, junto dos seus deputados na AR, a isenção das portagens na A41”, porque se isso acontecer, José Carlos Barbosa garante que “votará favoravelmente”.
A terminar, não deixa de lamentar que as declarações do PSD de Paredes não passem de uma “tentativa de descredibilizar” o seu trabalho, assim como do seu partido, elencando que representam o “esforço desesperado de um líder impreparado e politicamente inconsistente”, que se esconde “atrás de falsidades e hipocrisias”.
Recorde-se que a comissão política do PSD de Paredes, através de Ricardo Sousa, criticou os socialistas locais por manterem um “silêncio comprometido, cúmplice e submisso ao PS”, no que diz respeito à aprovação no Parlamento da abolição imediata das portagens nas ex-SCUT, uma proposta que deixou de fora a A41 e A42.