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“Os cavalos estão a ser monitorizados e, para já, não podem ser retirados do local onde se encontram”. Esta foi a garantia conseguida pelo PAN, partido das Pessoas-Animais-Natureza, junto da Câmara Municipal de Valongo, durante uma reunião que aconteceu esta tarde, e que juntou as duas partes, e onde o partido ficou a saber “quais as diligências que a autarquia estava a tomar em relação a este caso”.

À saída do encontro, Bebiana Cunha explicou ao Verdadeiro Olhar que a edilidade “garantiu que os cavalos estão a ser monitorizados diariamente”, estando acautelada a “sua alimentação”, sendo que o veterinário municipal “tem visitado, todos os dias, a exploração”.

A líder partidária acredita que estão em causa cerca de uma centena de cavalos, e não 83, de uma exploração descativada em Ermesinde, Valongo, com suspeitas de maus tratos. Recorde-se que a denúncia partiu há dias do PAN e dos vizinhos da exploração que alertaram para esta situação.

Bebiana Cunha contou ainda que o PAN vai agora pedir uma reunião à Direcção-Geral de Alimentação Veterinária, porque pretende saber o que é que este organismo “pretende fazer para salvaguardar o futuro destes animais”. A dirigente acrescentou ainda que, o ideal seria “irem para um espaço onde fossem bem alimentados e cuidados, com condições para que pudessem viver com tranquilidade”.

À margem deste caso concreto, a dirigente aproveita para lamentar este caso que deriva de um “problema estrutural” e que passa pelo “não rastreamento destes animais no nosso país”. Mas deixa claro que vai continuar a “insistir” nesta questão, porque “é fundamental saber qual o caminho que estes animais fazem em Portugal”, dado que o “comércio e as explorações ilegais de cavalos são uma realidade”.

Para além disso, lamenta a inexistência de leis no Código Penal que protejam estes animais. Apesar do PAN já ter conseguido introduzir um quadro sancionatório na Lei de Protecção dos Animais, “falta conseguir alargamento para os demais, como os cavalos, para que os maus-tratos ou abandono não continuem a passar impunes”, concluiu Bebiana Cunha.

O Verdadeiro Olhar tentou obter um comentário junto da Câmara Municipal sobre esta matéria, mas, até ao momento, sem sucesso.