Foto: Câmara de Penafiel

Durante a visita do primeiro-ministro ao Marco de Canaveses, no âmbito do lançamento de um concurso para adquirir material circulante para a CP, a presidente do município aproveitou para lembrar ao Governo a importância do IC35 para o concelho e para a região, reivindicando o arranque da obra.

Cristina Vieira considerou esta via como “estruturante para o desenvolvimento da região e para as indústrias, em particular a do granito, tão significativa” no Marco de Canaveses. Para “melhor competitividade são necessárias boas acessibilidades” e o “IC35 é fundamental para escoar os produtos até ao Porto de Leixões”.

Durante o discurso proferido António Costa não deu resposta a esta reivindicação nem a outros investimentos lembrados pela autarca, mas deixou um recado mantendo o “compromisso firme de honrar a palavra dada, fazendo a obra que dizemos que fazemos, adquirindo o material que dizemos que adquirimos e não dizendo mais do que podemos dizer”. “Uma boa forma de honrar a palavra é nunca prometer aquilo que não se tem a certeza de se poder cumprir. O país é um país adulto que sabe que não podemos fazer tudo já, mas sabe também que passo a passo vamos fazer tudo o que necessitamos”, sustentou o governante.

Pedro Marques

Em declarações ao Verdadeiro Olhar, o ministro do Planeamento e Infra-Estruturas, declarou que esta obra, que iria ligar Penafiel a Entre-os-Rios e desviar trânsito da “fortemente congestionada” EN 106, e que é reivindicada há cerca de duas décadas, “permanece como uma das prioridades deste Governo e do país”.

“O IC35 é um dos investimentos que admitimos que tem que ter concretização ao longo do programa nacional de investimentos. Teve uma obra lançada para acabar numa rotunda e voltar para trás, sem ligação à EN 106, que é algo que não consigo compreender”, salientou Pedro Marques, lembrando o troço que ia ligar Penafiel a Rans que foi lançado pelo anterior Governo, que não teve “aprovação ambiental”. “Nós não realizamos investimentos para dizer que realizamos e que não servem para nada”, sustentou.

Entretanto, lembrou o governante, foi lançado “um estudo técnico de reperfilamento do IC35 para continuar a ter uma solução que sirva de facto as populações”. Trata-se de uma “obra complexa do ponto de vista da engenharia”, argumentou o ministro.

A obra só avança “depois de haver um traçado e as ligações bem estudadas e fixas para garantir que a obra se faz em condições e não aos atropelos é que se pode realizar este investimento. Mas este Governo continua a achar que o IC35 é uma prioridade”, concluiu Pedro Marques.