O Governo voltou a reafirmar a intenção de estudar a proposta da Linha do Vale do Sousa, que ligaria Valongo a Felgueiras.

Depois de o secretário de Estado das Infra-Estruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, ter avançado, no início de Dezembro, durante a conferência em que foi apresentado o projecto, em Paredes, que o tema iria ser estudado no âmbito do Plano Nacional de Investimentos 2030, também o ministro do Planeamento e das Infra-Estruturas garantiu que é essa a intenção.

“Está previsto começar a estudar o tema no âmbito do Programa Nacional de Investimentos 2030” que será brevemente aprovado na Assembleia da República, disse.

Pedro Marques garantiu que “percebe bem” esta reivindicação da região. “São concelhos com muita dinâmica económica e muita população também, muito fortemente integrados na dinâmica exportadora do país”, explicou. Um país que, não esconde, durante muitas décadas se habituou a fechar linhas ferroviárias e que agora tem olhado para a ferrovia de outra forma e está a realizar investimento. “Por exemplo, na Beira Baixa estamos a reabrir uma linha que esteve fechada durante uma década. Estamos a dar muito mais potencial à Linha do Douro. Temos que olhar para outras regiões e ver se efectivamente a procura o justifica e quais as condições técnicas de execução desse tipo de investimento”, sustentou o governante.

“Vamos estudar com muita atenção essa ambição. É viável acreditar que vamos estudar a Linha do Vale do Sousa”, garantiu.

Recorde-se que o projecto desta nova linha de comboio ligaria Valongo a Felgueiras, passando por Paredes, Paços de Ferreira e Lousada, num percurso de cerca de 36 quilómetros e um investimento de aproximadamente 300 milhões de euros. Os autarcas destes concelhos acreditam que traria “coesão social” ao território.