Lousada recebeu, na sexta-feira, mais uma edição das Jornadas Sociais, evento que marcou o final das comemorações do Ano Municipal da Solidariedade e que serviu ainda para assinalar o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres.

Na cerimónia de abertura, a vice-presidente da Câmara de Lousada, Cristina Moreira, realçou que “a violência contra as mulheres é um dos maiores problemas com que Lousada se debate e, por isso mesmo, é necessário falar e agir”.

O Gabinete Flor de Lis, é um serviço especializado prestado pelo Município de Lousada, que presta apoio às vítimas de violência doméstica e ainda desenvolve acções de sensibilização dirigidas, em especial, para a população escolar.

As Jornadas contaram com a presença da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), representada por Marlene Fonseca. “Não se verifica um aumento de casos de violência doméstica mas sim uma maior sensibilização, feita pelas instituições e pela comunicação social, que têm alertado as vítimas e comunidade em geral para que sejam feitas denúncias”, defendeu.

A principal preocupação da APAV passa por identificar as situações em que as vítimas se encontram em risco de vida, sendo “muito importante que se dê continuidade à sensibilização da sociedade para esta problemática, na medida em que há uma consciencialização de que fazer a denúncia deste crime público pode ser a diferença entre viver ou morrer”. Foi também reforçada a ideia de que muitas vezes tudo começa com a violência no namoro e, por isso, é de extrema importância ser realizado um trabalho de sensibilização e prevenção nas escolas, pois os números são realmente assustadores.

Nestas jornadas marcaram presença mulheres que foram vítimas de violência doméstica e que, com cara tapada com máscara, deram os seus testemunhos.