Fotografia: Câmara de Paços de Ferreira

A Câmara de Paços de Ferreira distinguiu Juntas de Freguesia e Agrupamentos de Escolas na  Gala de encerramento do Ano Municipal do Ambiente e Cidadania, evento que decorreu, no sábado, na tenda de Natal no Parque Urbano de Paços de Ferreira.

O vereador do ambiente, Paulo Ferreira, realçou a dinamização das escolas e dos agrupamentos escolares, assim como das associações e empresas do concelho naquilo que considerou ser um desafio e um desiderato de todos.

“Assumimos esta responsabilidade como uma missão quase profética mudar mentalidades, sensibilizar para a urgência de construirmos um futuro sustentável, acabar com preconceitos, derrubar mitos”, disse, realçando que nestes últimos meses o executivo municipal com a colaboração de vários actores e agentes procedeu à limpeza do monte Pilar, à reflorestação de árvores, limpeza do Rio Ferreira, à criação de uma estação meteorológica, fz caminhadas, colocou ecopontas, distribui cinzeiros de bolso, reforçou a limpeza urbano, disponibilizou trotinetas, alargou a cobertura de oleões, promoveu a criação de novas valências no ecocentro, apostando na distribuição de ecopontos e no combate ao desperdício alimentar.

Fotografia: Câmara de Paços de Ferreira

O autarca relevou, também, o esforço financeiro no que considerou ser o investimento público do concelho na Etar de Arreigada, equipamento que deverá estar terminado dentro de pouco tempo.

Paulo Ferreira relevou, também, o esforço realizado  na área da reciclagem.

“Comparando os últimos trimestres de 2019 com 2018 os resultados são esclarecedores, em 2018 neste período foram recolhidas 758 toneladas de vidro, papel e plástico. Este ano o crescimento foi extraordinário, o total de toneladas recolhidas subiu para 1357, um aumento de 80%. Na reciclagem temos um longo caminho a percorrer, mas os números revelam a preocupação dos nossos cidadãos. Sentimos que esta é uma luta permanente”, manifestou, concordando com a necessidade de se continuarem a promover campanhas de sensibilizarão e denunciar quem polui.

“Temos obrigação de defender o futuro dos nossos filhos”, avançou, declarando ainda que no âmbito das políticas ambientais do executivo será formalizada a criação do observatório ambiental de Paços de Ferreira, tendo o trabalho iniciado há três semanas atrás, e tendo sido recolhidos já vários contributos sobre o modo com este deverá funcionar.

Já o presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, manifestou que 2019 marcará a diferença para o concelho na área do ambiente.

Fotografia: Câmara de Paços de Ferreira

O chefe do executivo relevou o trabalho dos vários actores e agentes locais que durante este ano contribuíram para consciencializar os cidadãos para a necessidade de preservar o ecossistema e os recursos locais.

“O concelho tem vindo a mudar graças ao trabalho das juntas de freguesias. Sei bem o quanto valorizam a qualidade ambiental, o asseio das freguesias, a imagem positiva que querem dar do concelho. Este não é um trabalho que encerra agora, mas se manterá nos próximos anos, sendo um testemunho para o resto da comunidade.  Deixo, também, uma palavra de agradecimento dos agrupamentos escolares, não há melhor prospecção ou melhor terreno para dar frutos que os alunos. Todos os que participam na educação estão a preparar mulheres e homens para vida. O ano municipal não se restringiu apenas às questões do ambiente, apostou, também, nas questões da cidadania. Pudemos beneficiar do vosso empenho para que fossem lançadas raízes profundas de uma cultura diferente, responsável e de compromisso”, confessou, parabenizando o trabalho das instituições locais e demais comunidade e os que vêem o ambiente como uma responsabilidade e um compromisso.

“Enquanto presidente sinto orgulho neste concelho, de quem olha para a realidade onde habitámos e trabalhamos e verificamos que este é um concelho diferente e que marca a diferença no panorama regional e nacional. Poucos foram os concelhos que abraçaram o ambiente por forma a tratarmos daquilo que é comum. Esta é uma função de todos os nós. Imputamos aos agentes políticos a transformação da sociedade porque têm efectivamente o poder de contribuir de forma directa para a mudança de comportamentos, mas estes não se mudam por decreto. Sabemos que os políticos têm a responsabilidade de dirigir aquilo que é todos, mas nós, cidadãos, temos, também, a responsabilidade de contribuir para aquilo que é de todos”, assegurou.

“Se aos políticos compete exercer funções para tornar melhor a vida dos cidadãos, a cada um de nós compete trabalhar todos os dias para que esse desafio e essa ambição e os resultados do trabalho sejam positivos”

Na sua intervenção, o autarca esclareceu que além da questão das alterações climáticas, existem duas áreas igualmente determinantes que têm de ser devidamente tidas em conta pela classe política e demais comunidade, a biodiversidade e a gestão dos resíduos sólidos.

“Nas alterações climáticas, não somos bastantes para mudar, teremos de ter a noção de todos somos poucos para transmitir a mensagem que temos de transmitir e que pode  fazer a diferença. Nos próximos 100 anos 50% das espécies vão desaparecer, que os plásticos demoram 500 anos a desapareceram, que o Acordo de Paris de 2015 não está a ser cumprido, ano após ano há um aumento da temperatura mundial e isso tem um efeito no clima. Percebemos bem da responsabilidade de cada um. Na área da biodiversidade vamos dando cabo do nosso ecossistema”, confessou.

Ao nível local, Humberto recordou as vantagens de ser a câmara a assumir a recolha dos resíduos sólidos urbanos.

“É preciso seguir a política dos cinco “r”, reduzir, reciclar, reutilizar, o repensar o recusar. Assumimos na câmara que queremos uma nova forma de gestão dos resíduos, através da Ambisousa fazer a recolha porta a porta dos resíduos recicláveis. Este é um contributo que assumimos com a comunidade”, reforçou, sustentando que o ano municipal do Ambiente e Cidadania fará com que os cidadãos se comprometam com esta responsabilidade colectiva e continuem a zelar pelo futuro que é de todos.

Fotografia: Câmara de Paços de Ferreira

“Temos a missão e dever denunciar os que não estão comprometidos com o meio ambiente. Temos de ter a coragem de o fazer, de denunciar os que não respeitam o meio ambiente. É assim que a comunidade cresce e amadurece. Se aos políticos compete exercer funções para tornar melhor a vida dos cidadãos, a cada um de nós compete trabalhar todos os dias para que esse desafio e essa ambição e os resultados do trabalho sejam positivos”, anuiu.