“O PSD tenta esconder o elefante chamado dívida municipal”, mas o actual executivo empurra-o para fora da sala”. As palavras foram do autarca de Paços de Ferreira, na última Assembleia Municipal, motivadas pelo voto contra da oposição em relação às contas do município, relativas a 2022.

Humberto Brito abordou a situação de Paços de Ferreira aquando a governação laranja: “os impostos estavam no máximo, a água era a mais cara de Portugal, os apoios sociais estavam no mínimo, gastavam 30 mil euros por ano”.

Por isso, “o desespero tem tomado conta do PSD” que “não tem propostas ou ideias para o concelho, porque isso não interessa”. O que importa é “votar contra e não respeitar o voto do povo”, frisou.

“Paços de Ferreira está em festa e vive um momento histórico. Somos o segundo município do país a sair do FAM”

Críticas à parte, Humberto Brito sublinhou que Paços de Ferreira “está em festa” e “vive um momento histórico”, porque é o “segundo município do país a sair do Fundo de Apoio Municipal”, o FAM. O que quer dizer que, o município passa a ter capacidade de “decidir o futuro”, para além de poder “voltar a investir com recurso à banca sem colocar os impostos na taxa máxima”.

Também o socialista Hugo Lopes aproveitou para exaltar “os bons resultados obtidos”, elencando que o município tem a segunda melhor execução orçamental, de receita e despesa, dos últimos 20 anos”, cifrando-se a primeira em “97%” e a segunda em “92%”.

“Desde 2013”, altura em terminou a governação social-democrata, até agora “a dívida total do município não excede o limite de endividamento legalmente imposto”.

Para além disso, prosseguiu o deputado, “mantém-se o pagamento a pronto, em vez de ser a três anos, como acontecia no exercício do PSD”, um factor que faz com que esta seja hoje “a imagem de marca de Paços de Ferreira”.

O exercício também tem “um resultado líquido positivo de mais de 700 mil euros”, o que se traduz “num saldo orçamental equilibrado” e, “só por isso, estas contas merecem aprovação”, concluiu.

Aquando as declarações de Humberto Brito, a bancada do PSD mostrou-se agitada e foram proferidos alguns comentários, o que levou Hugo Lopes a terminar este ponto a “repudiar” “as risadas e os comentários por parte da bancada” da oposição.

As contas apresentadas pela Câmara de Paços de Ferreira, relativas a 2022, foram aprovadas, com oito votos contra do PSD.