O PSD criticou o executivo de Valongo por ter aumentado o preço da água, sobretudo numa altura em que os bens essenciais subiram de forma considerável. As palavras foram de Rogério Palhau, líder da bancada do PSD, na Assembleia Municipal, que lembrou que há um ano, o município “subsidiou o aumento, para que as pessoas não sentissem o peso de mais uma despesa”. Este ano, e porque “não há eleições, já não se votou qualquer suspensão”, frisou o social-democrata, elencando ainda que não teve conhecimento “que as dificuldades das pessoas tivessem acabado”.

Para além disso, o deputado mostrou a sua “perplexidade” pelo facto de a Câmara ter votado o aumento em “11%” da factura da água, tendo depois rectificado o valor para “cinco”. Rogério Palhau dirigiu-se aos elementos do executivo camarário, questionando-os se as matérias na Câmara “são votas assim. Parece-me um granel, onde ninguém percebe que há um erro”.

José Manuel Ribeiro assumiu este “erro”, fundamentando que os serviços municipais fizeram uma actualização sobre um valor que já incluía o aumento. Mal se aperceberam, o equívoco foi rectificado.

Já sobre a questão do aumento da água, o edil começa por dizer que “não podemos criar nas pessoas a ideia que estes serviços não têm custos”, enaltecendo o facto de a cobertura, quer da água, quer do saneamento em Valongo estar “nos quase 100%”.

Nunca deixando de sublinhar que a concessão foi uma herança do partido de Rogério Palha, o autarca sublinhou que “há oito mil domicílios em Valongo que beneficiam da tarifa social”, tendo um desconto na factura de 10%.

Par além disso, o ano passado “estávamos em confinamento”, portanto fez todo o sentido a Câmara assumir este aumento, que onerou o município em “400 mil euros”. Continuássemos com esta postura, seria “insustentável” e estaríamos a “criar uma ideia errada do uso de um bem que é escasso”.

A tarifa social para famílias numerosas e a retirada da cobrança de ligações à rede, são outros procedimentos que José Manuel Ribeiro lembrou que contribuem para apoiar os valonguenses.  

Por isso, e para finalizar, José Manuel Ribeiro dirigindo a Rogério Palhau ironizou: “eu é que estou perplexo com a sua perplexidade”.