Foto: Verdadeiro Olhar

A adesão à greve dos trabalhadores da saúde do Hospital Padre Américo do Vale do Sousa rondou, no turno da noite, os 100% e está durante esta manhã entre os 75% e os 80%, diz o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Estão a ser cumpridos os serviços mínimos e as consultas continuam a realizar-se, já que a greve não inclui os médicos e enfermeiros, mas há complicações por exemplo no pagamento das taxas moderadoras, refere Orlando Gonçalves.

Os trabalhadores da saúde cumprem, esta sexta-feira, uma greve a nível nacional. Reivindicam a admissão de novos profissionais, a criação de carreiras e a aplicação das 35 horas semanais a todos os funcionários do sector.

Orlando Gonçalves sustenta que há falta de pessoal, desigualdade nas horas de trabalho cumpridas, com funcionários com as mesmas funções a fazerem 35 e outros 40 horas de trabalho e com rendimentos distintos. A falta de profissionais leva os turnos a prolongar-se por mais de 12 horas e a haver casos em que os funcionários não têm folgas durante 14 dias.

Segundo Eduardo Magalhães, que lidera o piquete em Penafiel, há serviços a ser assegurados por médicos e enfermeiros. No Hospital Padre Américo, os grevistas criticam a falta de assistentes operacionais. “São precisos cerca de 68 operacionais. Recentemente entraram 25, mas isso fica muito aquém das necessidades do hospital. E na generalidade são empregos precários”, explica.

O piquete vai manter-se até ao fim da greve, previsto para as 8h00 da manhã deste sábado.