“É uma competência diferenciadora” e, além de, poder abrir portas no mercado de trabalho, é também “enriquecedora do ponto de vista cultural”. É assim que o vereador com o pelouro da Educação, da autarquia de Lousada, explica esta aposta no curso de mandarim no município, que contabiliza quatro anos, e que tem cerca de 60 alunos.

Sábado, dia 29, às 14h00, na EB de Cristelo, 14 alunos, que começaramnoo ano lectivo de 2017/2018, terminam a sua formação, com a entrega de diplomas, depois de terem realizado com sucesso um exame, através do Instituto Confúcio da Universidade do Minho.

De salientar que, estes alunos, do segundo e terceiro ciclo, realizaram exames oficiais de níveis de língua chinesa, o HSK, Hànyŭ Shǔipíng Kǎoshì, e o HSKK, Hànyŭ Shǔipíng Kŏuyŭ Kǎoshì, feitos e tutelados pelo Governo Chinês e com critérios uniformizados e reconhecidos em todo o mundo.

Quatro anos após a implementação deste projecto, António Augusto Silva não tem dúvidas em afirmar que “como não é uma competência comum em Portugal”, esta aprendizagem “aumenta as possibilidade de empregabilidade”, porque os alunos agora crescem com a perspectiva que “o seu sítio pode não ser o lugar onde vão trabalhar”. Com esta nova ferramenta, as possibilidades aumentam significativamente.

O vereador reconhece que este curso “nunca será para massificar”, mas enaltece todos aqueles que “abdicam do seu tempo para frequentarem as aulas e estudarem ao longo da semana”, apelidando-os de “miúdos especiais”, porque é uma língua com a qual “não convivem diariamente e o seu estudo exige muita dedicação”.

No primeiro ano, o custo deste projecto foi assumido pelo município, mas agora está integrado no Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar, o PIICIE, da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, sendo suportando em 15% pelo município e o restante por fundos comunitários.

António Augusto Silva garantiu ao Verdadeiro Olhar que quando os fundos terminarem, o município “vai continuar a assumir” esta iniciativa, porque “é estimulante para os alunos”, ao nível da “memorização”, por exemplo.

O vereador também destaca o facto de o plano curricular deste curso não se limitar apenas à aprendizagem, porque incluiu ainda actividades que permitem conhecer a cultura chinesa. Aliás, um grupo deste alunos, chegou mesmo a visitar a China, onde conheceram de perto a cultura e tiveram oportunidade de terem aulas numa universidade daquele país. “Foi uma experiência única”, frisou António Augusto Silva, elevando a importância deste tipo de competências, porque vivemos “num mundo global” e a cultura chinesa “influencia o ocidente”. Para além disso, é a “segunda maior economia mundo, a seguir aos EUA” e, daqui a poucos anos, “poderá ser a primeira”.

Agora, e após receberem este diploma, os alunos podem “continuar os seus estudos”, através do Instituto Confúcio, da Universidade do Minho em Braga ou no Porto.