Fotografia: PSD Lousada

O PSD Lousada realizou, na passada sexta-feira, uma conferência sobre o papel do poder local no desenvolvimento económico, evento que contou com a participação de Paulo Cunha e Paulo Fernandes, presidentes das câmaras municipais de Famalicão e do Fundão, respectivamente.

Segundo o PSD Lousada, esta iniciativa foi o coroar de uma série de actividades realizadas ao longo do mês de Maio, que tiveram como propósito conhecer melhor a realidade laboral e empresarial local.

Citado em comunicado o líder do PSD Lousada, Simão Ribeiro, considerou o poder local fundamental para o desenvolvimento de Portugal, defendendo um novo papel para o poder local, “mais abrangente”. “Hoje tem de haver pro-actividade em termos económicos e sociais, atenção à dimensão supra-municipal”, afirmou.

“As autarquias têm muito a fazer pelas empresas, ao promover políticas municipais acertadas”

Paulo Cunha, autarca de Famalicão, defendeu que “as autarquias têm muito a fazer pelas empresas, ao promover políticas municipais acertadas”. Salientou ainda a importância e o papel das acessibilidades no desenvolvimento dos territórios e na afirmação das suas economias e realçou, também, a aposta na educação como motor do desenvolvimento económico.

Fotografia: PSD Lousada

“Famalicão é o concelho com mais alunos nos cursos profissionais. As empresas vivem muito dos quadros intermédios”, expressou, justificando  o investimento da câmara nas políticas de formação profissional, referindo-se a este como um investimento como sendo “colaborante com as instituições de ensino, para desenhar uma boa resposta concelhia”.

Sobre o crescimento do tecido empresarial, Paulo Cunha lembrou que é preciso “acarinhar” as empresas. “É isso mesmo que faz o Gabinete de Apoio às Empresas, onde os empresários encontram uma ‘via-verde e simplicidade’ no acesso à Câmara Municipal. As políticas nesta área passaram ainda pela criação de incubadoras, algumas dentro de outras empresas, o que possibilita a aprendizagem e troca de saberes”, manifestou.

“A marca cereja do Fundão está associada a um caderno de encargos que prevê a responsabilidade social e ambiental”

O autarca do Fundão, Paulo Ferreira, focou a sua intervenção nos problemas da interioridade: envelhecimento e diminuição de população.

Consciente da necessidade de inverter as tendências, explicou que o seu executivo desenhou uma estratégia assente na inovação e ancorada na imagem de marca da região: a cereja. “A marca cereja do Fundão está associada a um caderno de encargos que prevê a responsabilidade social e ambiental. Este foi o primeiro passo dado, a que se seguiram outros capazes de conceber utilizações para a cereja nunca antes pensadas”, sublinhou.

O chefe do executivo recordou, também, que o turismo é, para o Fundão, uma actividade geradora de riqueza, existindo no território programas, também culturais, impregnados na identidade da região.

“Tenho um programa de festas a rondar os 20.000 euros, se tivermos em conta os fundos. O truque é envolver a comunidade”, explicou, aludindo à Festa da Cereja como um dos exemplos para a promoção do município.

O presidente do Fundão ressalvou, igualmente, a aposta na ciência e tecnologia, avançando que o seu executivo tem procurado atrair técnicos em diversas áreas e viajado pelo mundo à procura de ideias e saberes. “Foi isso mesmo que aconteceu quando, do Chile, trouxe as plantações de pistácios, uma novidade na região, que parece bem encaminhada. Hoje, o Fundão tem novos habitantes, alguns estrangeiros, resultado da política de ‘fixação de talentos’ que tem vindo a desenvolver”, garantiu, afiançando que o seu município tem, também, valorizado a formação, o ensino a requalificação profissional, que atingiu um patamar de sucesso de 97%.

Publicidade