Foto: CHTS

Mais de 30 urgências vão ter constrangimentos, a partir de hoje e até 23 de dezembro, avança o Serviço Nacional de Saúde (SNS) que divulgou agora uma lista.

A Unidade Hospitalar do Vale do Sousa – Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica está incluída e terá restrições nas especialidades de Pediatria e Cirurgia Geral.

A partir de hoje, e até ao próximo sábado, são 67 as especialidades com constrangimentos.

São menos cinco serviços com limitações do que na semana passada, que perfaziam 72, sendo que, no total, significa que há 33 urgências em todo o país com constrangimentos, porque os hospitais não conseguiram preencher as escalas na totalidade.

As dificuldades em preencher os horários devem-se às recusas dos médicos em realizar mais do que 150 horas extraordinárias por ano. Vão ser 50 unidades a funcionar em pleno, disse o organismo, na próxima semana.

Assim, na região Norte, são 12 as unidades com limitações, são elas, para além da região do Tâmega e Sousa,

também a Unidade Hospitalar de Vila Real, a Unidade Hospitalar de Chaves, a Unidade Hospitalar de Mirandela, o Hospital de Braga, a Unidade Hospitalar de Viana do Castelo, a Unidade Hospitalar de Vila Nova de Famalicão, o Hospital Santa Maria Maior, a Unidade Local de Saúde de Matosinhos, o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, a Unidade Hospitalar de Santa Maria da Feira e a Unidade Hospitalar de Oliveira de Azeméis.

Segundo destacou a Direção-Executiva, no Plano de Reorganização da Rede dos Serviços de Urgência desta semana, o SNS “atravessa um período crítico da sua existência”. 

“Este contexto resulta de diversas condicionantes, tais como a escassez de recursos humanos na área da saúde, experienciada a nível mundial, o recurso excessivo pelos portugueses a cuidados de saúde em contexto de urgência hospitalar e a elevada dependência histórica do recurso a trabalho extraordinário, por parte dos profissionais de saúde, para manutenção do funcionamento dos diferentes pontos da rede de Serviços de Urgência (SU)”, lê-se no plano.

Em causa está também a “indisponibilidade manifestada por um número relevante de médicos para a realização de trabalho extraordinário, em função do elevado esforço a que têm estado sujeitos”.