Foto: Rafael Telmo

A Escola Básica e Secundária de Lousada Oeste é a primeira “Escola Amiga da Criança” de Portugal.

A esta primeira edição da iniciativa da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), com o apoio da LeYa Educação, que visa distinguir escolas que “concebem e concretizam ideias extraordinárias, contribuindo para um desenvolvimento mais feliz da criança no espaço escolar”, concorreram 940 projectos de escolas, públicas e privadas, do ensino pré-escolar ao ensino secundário.

Ao todo, 495 projectos foram distinguidos e obtiveram o selo Escola Amiga da Criança. A escola lousadense ficou no leque das dez finalistas e conquistou agora o prémio principal com o projecto República de Jovens na categoria de formação cívica.

A Escola Básica e Secundária de Lousada Oeste vai receber, segundo a CONFAP, cinco mil euros em livros para a biblioteca a seleccionar do catálogo de Edições Gerais e Apoio Escolar de todas as editoras do Grupo LeYa.
De realçar que na comissão de avaliação estiveram nomes como Jorge Ascenção, presidente da CONFAP; Eduardo Sá, psicólogo, professor universitário e escritor; Tiago Morais Sarmento, do Leya; Ariana Cosme, professora universitária e coordenadora do Observatório da Vida nas Escolas; Armando Leandro; juiz conselheiro jubilado; Isabel Alçada, assessora para a Educação da Presidência da República, ex-ministra da Educação e escritora; Isabel Stilwell, jornalista e escritora; José Matias Alves, professor universitário; José Vítor Pedroso, director-geral da DGE; e Margarida Pinto Correia, directora de Inovação Social na Fundação EDP.

O projecto República de Jovens procura desenvolver o sentido cívico e “define-se pela forma como os seus alunos participam nas decisões e metas propostas, como descobrem a necessidade duma cooperação para fazer um trabalho, para discutir um assunto importante, para decidir algo que vale a pena mudar e para desenvolver um projecto de turma ou de escola”. “O Conselho de Guias, a Assembleia de Turma, a Assembleia de Guias dos Guias, o Plenário de Guias e o Conselho de Projecto são estruturas nucleares na condução e orientação das autonomias e vontades, assim como na gestão de conflitos e interesses”, explicam os responsáveis do projecto.

Ao Verdadeiro Olhar, Alexandre Reis, docente que coordena a República de Jovens, avançou que foi uma boa surpresa terem ficado nos dez finalistas e agora foi com “grande alegria” que receberam a notícia de que eram vencedores. “É o reconhecimento de um projecto que é grande e envolve toda a comunidade educativa”, explica.

Ao todo estarão envolvidos cerca de 700 alunos divididos por 30 turmas do 5.º ao 12.º ano.

Num processo vertical, que começa dentro de pequenos grupos em cada turma e culmina na Assembleia Geral dos “Guias dos Guias” os jovens têm a oportunidade de reunir com a direcção, apresenta projectos e apresentar problemas que querem ver resolvidos. “Têm uma voz activa e fazem parte das decisões”, afirma o docente. “A reacção tem sido muito positiva e os alunos envolvem-se muito”, acrescentou.

Este é um trabalho de cidadania e participação democrática que começou o ano passado e se perspectiva a médio e longo prazo.