Simão Barbosa deixou o comando dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa, em Paredes, devido a afazeres profissionais, mas, na hora da despedida, não se sente triste, porque deixou a corporação com o “sentimento de dever cumprido”.

Corta-se assim uma ligação de seis anos como comandante e de 32 como bombeiro, mas na hora da saída garante que a sua “dedicação foi total”. Apesar de reconhecer que não fez tudo bem feito, “porque isso não seria possível”, e que “ficou trabalho por fazer”, Simão Barbosa reconhece que “chegou a hora” de sair, porque tem uma empresa de mobiliário e carpintaria, que está numa fase de crescimento e que precisa da sua “dedicação a 100 por cento”.

Na hora da despedida, quer apenas “deixar uma palavra de gratidão” a todos aqueles que o acompanharam ao longo destes anos e que estiveram sempre ao seu lado, quer os elementos “do corpo activo, quer da direcção. “Foi um trabalho de todos, com momentos bons e outros menos bons”, mas que, somados, “levaram sempre a instituição a bom porto”, sendo que “servir a população esteve sempre em primeiro lugar”, referiu.

Desafios ao longo da sua actividade como comandante teve muitos, mas preferiu não destacar nenhum, porque, no final, “todas as adversidades foram ultrapassadas” e o trabalho foi totalmente em prol “do bem-estar da população.

Além de deixar o comando da corporação, Simão Barbosa anunciou ao Verdadeiro Olhar que pretende “integrar o Quadro de Honra” da corporação, sendo que já foi feita essa proposta junto das entidades competentes.

Instado sobre esta saída, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa, Abel Moreira, contou que esta “já estava planeada desde o ano passado” e que todo o processo se deu “de forma muito tranquila”. A substituir, de forma interina Simão Barbosa, vai ficar o segundo comandante Paulo Ferreira, que “tem experiência, de vários anos, na liderança” da colectividade, contou.

Sobre o futuro comandante dos bombeiros, Abel Moreira não avançou nomes, dizendo apenas que vai ser um processo “sem pressa”. Agora interessam, sim, os projectos para a associação que se vão centrar “na parte operacional”. “Temos um quartel com boas condições” e, agora, “vamos focar-nos na formação, no fardamento e na aquisição de viaturas, ou seja, criar “melhores condições para os bombeiros”, que são mais de uma centena, e que se vão traduzir “num ainda melhor trabalho que é feito junto da população local”.