Em 2024, a LIPOR e municípios associados concluíram um ciclo de investimentos de cerca de 15 milhões, em quatro novas unidades de tratamento de resíduos com o objetivo de “maximizar a quantidade” de detritos, contribuindo para o cumprimento de metas de reciclagem preconizadas no Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU).

Estas novas infraestruturas “têm as melhores tecnologias”, nos “processos de investigação e inovação”, assim como uma estratégia de comunicação, sensibilização e educação ambiental”, explica a Lipor, em comunicado.

Assim, a Unidade de Triagem Automática de Resíduos Verdes provenientes de cemitérios representa um investimento de cerca de um milhão e 700 mil euros, o que vai permitir “uma maior capacidade de processamento, assegurando ainda um aumento da eficiência, do grau de pureza dos materiais e uma maior flexibilidade através da possibilidade de classificar outro tipo de resíduos”.

Nesta estrutura, a Lipor teve em conta a “inclusão de tecnologia que permite, em tempo real, uma monitorização de todo o processo produtivo”.

Já a Unidade de Triagem Automática de Embalagens, que custou cerca de nove milhões de euros, permite “uma maior capacidade de processamento de embalagens”, garantindo “mais eficiência”, assim como “o aumento do grau de pureza dos materiais, uma maior fiabilidade e disponibilidade da instalação, bem como uma maior flexibilidade operacional e incremento das taxas de reciclagem”.

Esta unidade, que trata mais de 30 mil toneladas de ambalagens por ano, inclui “ferramentas para a obtenção do balanço de massas em tempo real e a possibilidade de controlar remotamente a instalação. Também um sistema de enfardamento 100% automático e sistemas óticos dedicados ao controlo de qualidade com a capacidade de reconhecer embalagens através de inteligência artificial”.

Já o Parque de Compostagem de Resíduos Verdes de Laúndos, na Póvoa de Varzim representa um investimento de cerca de três milhões e 200 mil de euros. Tem uma área de 13 400 metros quadrados e visa “tratar localmente os resíduos verdes recolhidos seletivamente nos municípios da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, respeitando a abordagem integrada e circular dos biorresíduos”. Este espaço tem uma capacidade de receção de detritos verdes de 8000 toneladas por ano, o que corresponde a uma produção superior a 2 000 toneladas.

760 mil euros foi a verba gasta com a Unidade de Microdigestão de Resíduos alimentares, também localizada na Póvoa de Varzim, e que faz a recolha seletiva no município, nos setores residencial e não-residencial (estabelecimentos HORECA), servindo cerca de 18 000 habitantes e tem a capacidade de tratar cerca de 900 toneladas por ano.

Todas as Unidades foram financiadas pelo POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

José Manuel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da LIPOR, lembra que “as exigentes metas e objetivos da União Europeia, atribuídas a Portugal, requerem “um esforço concertado da LIPOR e das Câmaras Municipais” que leve ao crescimento “em quantidade e qualidade dos materiais com potencial de serem reciclados, transformados e valorizados”.