Vários membros da direcção da Organização Regional do Porto do PCP realizaram, esta quarta-feira, contactos com as populações de Ermesinde e Sobrado, em Valongo, no âmbito da campanha “Direito à Mobilidade – Defender os Transportes Públicos”, que o partido está a promover.
Esta campanha percorrerá o distrito do Porto até 28 de Junho, com o intuito de divulgar as principais propostas em termos de transportes públicos e mobilidade da população do distrito e a sua relação com a proposta alternativa do PCP para a região e o país.
Fotografia: Comissão Concelhia de Valongo do PCPSegundo Ricardo Galhardo, da Comissão Concelhia de Valongo do PCP, membro da DORP/PCP, o Partido Comunista está a esclarecer as comunidades defendendo a eliminação das portagens na A28, A29, A4, A41 e A42, a expansão do Metro do Porto, a criação do Andante – passe social intermodal, assim como a escola dos Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA (STCP) como operador interno de toda a Área Metropolitana do Porto.
Não deixando de apresentar propostas para toda a Área Metropolitana do Porto, os militantes comunistas de Valongo aproveitaram para reforçar a necessidade de ser retomada a linha de Leixões-Ermesinde, defenderam a eliminação das portagens na A41 e A42 e manifestaram a preocupação de a freguesia de Sobrado ser a única freguesia do concelho sem serviço da STCP.
A campanha do PCP defende, também, a reabertura da linha de Leixões-Ermesinde, pelo reforço da EMEF, Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário.
Ricardo Galhardo esclareceu, também, que o partido defende o direito à mobilidade como sendo fundamental para as populações e para a economia do distrito e do concelho, preconizando uma rede de transportes públicos articulada, que assegure a ligação a serviços públicos, entre os vários concelhos, com horários e frequências adequadas às necessidades das populações, a preços justos.
Refira-se que a CDU Valongo apresentou, esta terça-feira, em Assembleia Municipal, uma moção sobre transportes públicos que foi aprovada por maioria, com a abstenção do PSD, que defende que a STCP, empresa de capitais públicos e gestão pública, que opera em seis municípios, deve ser considerada como solução para operador interno da Área Metropolitana do Porto, “uma vez que esta é a que melhor pode garantir a qualidade de vida e mobilidade das populações”.
Na moção que foi aprovada, a CDU Valongo recomenda, também, que seja presente para debate “neste órgão autárquico o ponto de situação dos trabalhos que estão a decorrer, seja no âmbito do Conselho Metropolitano, seja a nível concelhio, para possibilitar uma cuidadosa atenção a esta questão do serviço de transporte público tão importante para a vida das populações do nosso concelho, de forma a garantir que haja uma melhor cobertura da rede de transportes com horários adequados, que o custo suportado pelos utentes tenha uma redução significativa através de um passe social intermodal”.
Os deputados da CDU Valongo defendem, igualmente, a necessidade “de intervir em todo este processo de forma a garantir que os direitos de todos os trabalhadores das diversas empresas sejam devidamente assegurados e exigir que a Administração Central continue a financiar o sistema, dado que o serviço de transporte público é da sua exclusiva responsabilidade enquanto não houver regionalização”.
