A Assembleia da República aprovou uma proposta do Grupo Parlamentar do PCP para a reabertura do serviço ferroviário de passageiros entre Leixões e Ermesinde, com ligação a Campanha.

Segundo comunicado do partido, esta proposta prevê a realização de um conjunto de investimentos que permitirão que este serviço sirva importantes núcleos populacionais de Matosinhos, Maia, Porto, Valongo e Gondomar; unidades industriais e empresas estratégicas para a região; milhares de estudantes que frequentam o Pólo Universitário da Asprela/S. João; e toda a população do distrito, particularmente do seu interior, porque o serviço permitirá a ligação com 10 linhas da STCP, à rede de metro do Porto (Estação do Senhor de Matosinhos, Esposade, Araújo e Estádio do Dragão) e cruza com as rodovias estruturantes do norte do País (A28, A4, A3, VRI, N13, N14).

“A proposta do PCP, fundada numa estreita ligação aos problemas da mobilidade regional, aproveitando as potencialidades desta linha de Leixões, electrificada ainda no final do século passado, prevê a construção de um conjunto de infra-estruturas que vão garantir um serviço de qualidade”, explica o partido.

Entre essas obras estarão a construção de uma Estação Intermodal de Passageiros de Leixões com estacionamento no terreno da APDL e interligação modal com o Metro na Estação Senhor de Matosinhos; dois novos apeadeiros na Arroteia/Leça do Balio e EFACEC (a poente da Via Norte); intervenções para melhoria da plataforma e abrigo para passageiros e rampas de ligação nas estações de Leça do Balio e São Mamede de Infesta; intervenções para melhoria da plataforma e abrigo para passageiros em S. Gemil e Ermesinde; a reactivação da estação de Guifões, Ponte do Carro, Gondivinho e Araújo e a criação da Estação do Pólo Universitário da Asprela, no Porto, junto ao Hospital de S. João.

“A reabertura da linha de Leixões, acompanhada de um conjunto de investimentos nas actuais e novas infra-estruturas, é uma decisão estratégica no quadro da mobilidade regional multi-modal e, provavelmente, o passo mais decisivo em termos de mobilidade regional nos concelhos do limite Norte da cidade do Porto”, sustenta o PCP, exigindo agora que o Governo tome medidas para que a proposta seja operacionalizada.