Foto: DR

Sempre teve boas notas, desde que se lembra, mas não por “imposição de ninguém”. “Os meus pais não me pressionavam. Eu sou curiosa e gosto de aprender”, conta Alice Lopes, de 18 anos. A jovem, de Santa Marta, Penafiel, entrou com média de 20 valores no curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) no Porto.

Estudou na Escola Básica de Penafiel Sul, em Marecos, e na Escola Secundária de Penafiel, onde era aluna de “cincos e de 20”. Já antes, tirava “muito bom” na escola. “No 10.º, 11.º e 12.º anos tive sempre média final de 20”, resume. Para Alice isso não é “nada de espectacular”, já que corresponde ao seu esforço, embora reconheça que quando os resultados são comparados com os de colegas é “incrível”. “Os meus pais estão babados”, admite.

Estas notas foram conseguidas com muito trabalho. “É preciso estar concentrada e compreender ao máximo o que damos nas aulas, mas estudar em casa é essencial para complementar. Ter um estudo regular e sobretudo com qualidade”, explica a jovem penafidelense, que, refere, procurava estudar à semana para ter algum tempo livre ao fim-de-semana para fazer o que gosta.

O sonho da Medicina não é algo que a acompanhou desde sempre. Acabou por só traçar o caminho no 11.º ano. “Primeiro pensava em algo relacionado com Matemática, a minha disciplina favorita, mas depois achei que Medicina encaixava melhor com a minha personalidade, já que gosto de ajudar as outras pessoas e sou curiosa. Esta é uma oportunidade para cuidar dos outros”, acredita Alice Lopes.

Foto: DR

No ensino superior sabe que o esforço terá de ser redobrado. Mas garante que não se vai pressionar para manter este nível de notas. “Quero aproveitar ao máximo o que o curso tem para me oferecer, descobrir coisas novas e fazer amigos para a vida toda. Não acredito que vá conseguir manter o mesmo nível, mas vou dar sempre o meu melhor”, afirma.

Com ela, da mesma turma da Escola Secundária de Penafiel, para o curso de Medicina do ICBAS seguiram mais quatro alunos. “Sinto que tive muita sorte com os professores que encontrei e que me ajudaram ao máximo”, conclui.