Adriano Ribeiro, que já foi vereador pela CDU na Câmara de Valongo, é novamente o candidato do partido à presidência da autarquia, enquanto Sónia Sousa é a primeira candidata à Assembleia Municipal.

As candidaturas foram apresentadas no passado sábado, com o enfoque dos discursos na diferença que um vereador do partido traz ao executivo municipal, impedindo maiorias absolutas.

No último mandato, a CDU não teve representação na Câmara, mas entre 2013 e 2017 teve.

“Quando em 2013 a CDU elegeu um vereador, não permitindo com esse facto que existisse maioria absoluta, uma das primeiras decisões da câmara naquele início de mandato, porque era preciso ter em conta o orçamento do ano seguinte, foi decidir como compete à câmara, a aprovação do valor do IMI para o ano de 2014. A posição do presidente da câmara acompanhado pelos vereadores do PS, foi a de que era preciso transmitir à população que estava sobrecarregada, uma mensagem de confiança e alívio; e por isso, foi proposto que o IMI fosse reduzido em 0,05%. Repito, porque a CDU tinha um vereador e o PS não tinha a maioria absoluta”, salientou Adriano Ribeiro. “Terminado o mandato anterior e com a obtenção por parte do PS da maioria absoluta e em que a CDU não conseguiu eleger vereador, uma das primeiras medidas no actual mandato que caminha para o fim, foi esquecer-se da mensagem de confiança anterior e de que a população estava sobrecarregada como em 2013 e aumentou logo o IMI, e repito, porque tem a maioria absoluta”, defendeu o candidato.

Adriano Ribeiro criticou ainda o facto de a Câmara de Valongo estar na administração dos STCP, pagando uma verba anual, quando uma das cinco freguesias – Sobrado – continua “sem direito aos transportes públicos não privados”. Por outro lado, reassumiu a luta pela desagregação das freguesias de Campo e Sobrado e pelo regresso do serviço de urgência básica ao hospital. “À população de Campo e Sobrado, assumo aqui, e em nome da CDU, o compromisso, de que sendo eleitos para a câmara, daremos seguimento à luta sempre por nós assumida, quer na câmara, quer na assembleia municipal e assembleia de freguesia: na defesa da desagregação destas duas freguesias; da urgente solução do aterro de sobrado e em defesa dos interesses daquela população; e que o concelho de Valongo, tenha a cobertura da STCP garantida nas suas cinco freguesias”, afirmou Adriano Ribeiro. “Nos últimos dias, foi anunciada a inauguração dos serviços de hemodiálise, no local onde antes funcionaram os serviços de urgência do hospital de Valongo, o que consideramos um serviço importante. Mas uma coisa não deveria ter invalidado a outra. E daqui e em nome da CDU, quero deixar a promessa, de que ao sermos eleitos para a câmara municipal, não perderemos o objectivo que é o de lutar para que os serviços de urgência voltem ao hospital de Valongo”, apontou.

Deixou também uma farpa ao PSD: “O PSD distribuiu pelo concelho, enormes placards com a seguinte descrição: no nosso concelho, pagamos a água a peso de ouro. Isto são lágrimas de crocodilo camaradas e amigos, porque quem entregou o ouro ao bandido foram eles”.

Já Sónia Sousa, actual eleita da CDU na Assembleia Municipal, falou da diferença que um vereador da coligação pode trazer. “Temos neste mandato a prova da importância da CDU no equilíbrio das opções do PS na Câmara Municipal. (…) A presença de, pelo menos, um Vereador da CDU é a melhor garantia da existência de uma voz combativa e séria na Câmara. A eleição de Adriano Ribeiro como vereador é a melhor garantia de que os problemas e anseios dos valonguenses serão discutidos pela Câmara, é a melhor garantia da existência de fiscalização sobre a governação municipal e é a melhor garantia de que a Câmara de Valongo discutirá propostas tendo em vista a resolução dos reais problemas das populações”, sustentou. “O PS sem o contrabalançar da CDU não faz melhor do que fez o PSD, e as parecenças entre a sua forma de governar e a forma de governar do PSD são por demais evidentes, se não vejamos o que foi este último mandato do PS com maioria absoluta: aumento do IMI logo no primeiro trimestre de mandato e agora, no final, uma pequena redução, que mesmo assim igualou sequer os valores a pagar para os valores anteriores ao aumento; aumento da derrama para as pequenas empresas, que esteve em vigor durante três anos, e que só agora, neste último ano, voltou aos valores anteriores; aumento da taxa de resíduos; aumento da estrutura da câmara com mais assessores, mais gabinetes, mais divisões; aumento para um número histórico de vereadores na Câmara Municipal, sem um aumento da capacidade de concretização dos projectos; aumento escandaloso da água, que continuará a subir até 2025”, defendeu a candidata à Assembleia Municipal.

Sónia Sousa criticou ainda, entre outros, a falta de concretização de alguns projectos, permanentemente adiados, ou o investimento “megalómano” na nova câmara.