Foto: CM Valongo

Valongo já ultrapassou as metas do PAPERSU – Valongo (Plano de Acção para obtenção dos objectivos traçados no PERSU 2020 – Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos) no que respeita à compostagem caseira, anunciou a autarquia.

Até agora já foram entregues mais de 1250 compostores no município de Valongo, o primeiro do universo Lipor a superar as metas estabelecidas para a compostagem caseira até 2020, frisa em nota de imprensa.  Actualmente, cerca de 30 por cento do peso do lixo doméstico é composto por resíduos biodegradáveis. Além de diminuir a quantidade de lixo, o processo de compostagem permite ter em casa um excelente fertilizante para a horta ou para o jardim.

“Temos de apostar na reciclagem, pois muito do lixo que produzimos tem valor”

No encerramento de novo curso de compostagem caseira, dinamizado em parceria com a Lipor, o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro revelou orgulho em relação aos resultados alcançados, advertindo, porém, que “não podemos ficar por aqui neste processo de mudança de comportamentos no tratamento de resíduos”. “Temos de continuar a apostar não só na compostagem caseira, mas também na reciclagem, pois muito do lixo que produzimos tem valor”, acrescentou, exemplificando que “uma quantidade absurda de vidro continua ser queimada quando podia estar a ser valorizada”. Para se cumprir as restantes metas do plano de acção é necessária uma mudança mais ampla de comportamentos, que passa pelo aumento da reciclagem de materiais que ainda são indevidamente enviados para queimar na central incineradora, como o vidro, o plástico e o papel. Referindo que o tratamento dos resíduos em Valongo custa anualmente 3 milhões de euros (10 por cento do orçamento municipal), José Manuel Ribeiro exortou mais uma vez aos cidadãos para que criem condições para se baixarem os custos do sistema de tratamento dos resíduos, diminuindo a produção de lixo indiferenciado.

Aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente, o PAPERSU – Valongo foi elaborado em articulação com a Lipor – o sistema de gestão de resíduos urbanos em que se insere Valongo, sendo um documento essencial para que o Município possa aceder a financiamentos comunitários para implementar as suas acções. Entretanto, está já em curso o projecto-piloto de recolha selectiva porta-a-porta de resíduos para reciclagem, uma das medidas com maior impacto previstas no PAPERSU – Valongo, que no total implica um investimento de 1,2 milhões de euros. Além da compostagem caseira e da recolha selectiva de resíduos porta-a-porta, o plano de acção para Valongo atingir as metas do PERSU 2020 inclui a densificação da rede de ecopontos, hortas comunitárias e acções de sensibilização para a população.