Para medir o cumprimento dos 17 Objectivos para o Desenvolvimento Sustentável constantes da Agenda 2030 a nível local, o CESOP-Local da Universidade Católica Portuguesa criou o Índice da Sustentabilidade Municipal. E Valongo, diz o presidente da Câmara Municipal, José Manuel Ribeiro, sai bem no retrato. “Em termos nacionais estamos no top 10 do conjunto dos 308 municípios. É um resultado que estimula e queremos continuar neste caminho de aposta da sustentabilidade”, afirmou, esta tarde, durante uma sessão que decorreu no Auditório António Macedo, em Valongo, no âmbito da Semana Europeia da Democracia Local.

“O retrato de Valongo é muito positivo”

O Índice de Sustentabilidade CESOP-Local procura reflectir num único valor o nível de sustentabilidade de cada município do país. É composto por indicadores objectivos que traduzem os 17 objectivos e as 169 metas constantes da Agenda 2030.

Os Objectivos para o Desenvolvimento Sustentável baseiam-se em metas como erradicação da pobreza; erradicação da fome; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de género; água potável e saneamento; energia acessível e limpa; trabalho decente e crescimento económico; indústria, inovação e infraestruturas; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; ação contra a mudança global do clima; vida na água; vida terrestre; paz, justiça e instituições eficazes; parcerias e meios de implementação.

No que toca ao Índice de Sustentabilidade Municipal de Valongo, apresentado hoje, João António, investigador social do Cesop-Local, adiantou que, em 100 pontos possíveis, Valongo teve 70,3, ficando acima da média do país. “O índice será revisto todos os anos. Tem uma escala por cores em que verde significa objectivo 100% cumprido. O retrato de Valongo é muito positivo, é um dos melhores que temos apesar de estar a laranja e amarelo. Ainda há muito a fazer”, reconhece.

José Manuel Ribeiro acredita que o concelho está no bom caminho. “Fiquei agradavelmente surpreendido por Valongo ter indicadores acima da média. Mas o trabalho da sustentabilidade nunca está completo, temos que perceber onde podemos investir mais”, afirmou o autarca. “Há indicadores em que Valongo só não está melhor porque ainda não houve actualização de dados”, realçou no entanto.

Presente na sessão, José Fidalgo, coordenador do projecto Cesop-Local da Universidade Católica Portuguesa, frisou que “não há territórios sustentáveis sem cidadãos e organizações sustentáveis”. “Todos temos uma responsabilidade comum”, disse.