José Baptista PereiraO presidente da Câmara Municipal de Paredes, Dr. Celso Ferreira, retomou as presidências abertas pelas freguesias do concelho. Neste fim-de-semana, 16 e 17 de Setembro, estará na freguesia de Sobreira. O programa é extenso e bem preenchido. A freguesia é grande e os sobreirenses são gente de grande iniciativa associativa e social. Há muitas instituições de solidariedade social, de lazer e cultura para visitar. Tal como recentemente foi divulgado pelo seu presidente da junta, João Gonçalves, Sobreira precisa de investimentos estruturais, no ambiente, nas estradas e ruas, na resolução do problema de distribuição de água ao domicilio e saneamento, na criação de locais de lazer e actividades desportivas e culturais que melhorem as condições de vida dos que lá vivem mas também que atraiam gente de fora. A Sobreira está a trabalhar para que em 2020 possa ser, para além de uma Vila Residencial, uma Eco Vila ou Vila Ambientalmente Recomendável.

Esse projecto só é possível com o apoio de todos os sobreirenses, de todas as associações de solidariedade social, de todos os empresários e, naturalmente, não dispensa o apoio e empenho da autarquia mãe, a Câmara Municipal de Paredes.

Apesar de ser uma freguesia importante para o desenvolvimento do concelho de Paredes, com iniciativa e projecto para o futuro, não tem sido afortunada no apoio do executivo da Câmara de Paredes. Nas Assembleias Municipais dos últimos dois anos temos assistido às frequentes queixas do seu presidente da Junta de Freguesia quanto à falta de apoio do Município. Sei que estamos em tempos de austeridade e que também neste Município de Paredes, um dos mais endividados do Norte do País, os recursos não abundam. Mas custa-nos aceitar que a austeridade não seja igualmente distribuída. Em todas as Assembleias Municipais há presidentes de Junta de Freguesia que vêm agradecer e vangloriarem-se da ajuda que lhe foi prestada pelo Município.

Outros, como os autarcas das freguesias da Sobreira, de Vandoma, Recarei e Rebordosa, tiveram necessidade, de em algum momento se queixarem da falta de ajuda da mesma entidade quando dela precisaram. Alguma coisa está errada neste procedimento. A única característica comum entre eles é terem sido eleitos pelo Partido Socialista, que não ganhou a gestão da Câmara Municipal. Não queremos acreditar que essa seja a razão para a diferença. Ainda há tempo para se redimir. Falta um ano para as eleições autárquicas. Estão a iniciar-se as presidências abertas pelas freguesias do concelho, é altura do senhor presidente do Município ouvir os seus munícipes e de distribuir o pouco que tem de forma mais equitativa. Em todas as freguesias há votantes do PSD, mesmo naquelas em que o PS ganhou. Não há razão para tão ingrata diferenciação. Sinceramente desejo que as presidências abertas sirvam para melhor se inteirar das dificuldades e dos projectos das freguesias e que a Câmara Municipal passe a olhar as 18 freguesias do concelho, sem preconceitos partidários ou eleitoralistas.