Está a nascer em Lousada, mais concretamente na Mata de Vilar, o primeiro trilho florestal inclusivo do país, “acessível a pessoas com vários tipos de deficiência e mobilidade reduzida”, sendo homologado para esses utilizadores.

Terá cerca de 800 metros de extensão e será “único no país”, garante a Câmara de Lousada.

Em nota de imprensa, a autarquia adianta que o novo trilho – que se junta aos quatro já existentes na Mata, com diferentes extensões e graus de dificuldade – vai ainda ser complementado com estruturas de apoio à visitação, como uma mesa interpretativa sensorial e outros instrumentos de estimulação sensorial e de orientação, reforçando o seu carácter inclusivo.

A medida está prevista no, recentemente aprovado, projecto “Mata de Vilar: Turismo Verde e Acessível das terras do Vale do Sousa”, co-financiado por fundos comunitários que, segundo a Câmara de Lousada, prevê várias benfeitorias focadas na preservação do espaço, que integra a Paisagem Protegida Local do Sousa Superior, e na melhoria da experiência de visitação para todos os tipos de público.

O Trilho do Miradouro é um dos quatro já existentes na Mata

A par disso, haverá uma aplicação de apoio à visitação para smartphone e serão implementados pontos de acesso Wifi e postos de carregamento alimentados por energia solar.

“O acesso à rede de internet vai ter ainda a função de auxiliar a gestão e monitorização da Mata, permitindo a recolha e carregamento de dados em tempo real, auxiliando ainda a realização de actividades pedagógicas, científicas e de ciência cidadã”, adianta o município na informação divulgada.

A intervenção contempla ainda obras de conservação de elementos arquitectónicos com interesse histórico e cultural, designadamente os caleiros originais calcetados que ladeiam alguns trilhos, que “vão ser recuperados numa extensão de aproximadamente 300 metros, mantendo a sua traça original, dos finais do século XIX, bem como a funcionalidade de condução das águas pluviais”.

Ainda segundo a Câmara de Lousada, a Mata de Vilar “é um dos últimos redutos de floresta nativa do concelho e da região” e é um “exemplo de promoção da atractividade turística e da visitação sustentável em áreas protegidas”, sendo “central na dinamização socio-económica da região e claramente complementar a outros equipamentos” do concelho.

“Não estando ainda totalmente aberta ao público, a Mata pode ser visitada por grupos e em eventos organizados, sob pedido”, avisa a câmara.