Esta semana fomos confrontados com mais uma notícia que encheu de orgulho toda a alma lusitana, pois, e independentemente das simpatias e / ou filiações partidárias, quando um português é nomeado/ eleito ou indigitado para um cargo de maior reconhecimento internacional, o que conta é Portugal.

Aconteceu isso precisamente com a eleição de Mário Centeno, que irá suceder na presidência do Euro grupo, ao holandês Jeröen Dijsselbloem.

Ironia do destino, é precisamente alguém oriundo do sul da Europa que irá suceder ao holandês actual detentor do cargo, que no início deste ano, foi alvo de uma afirmação deveras infeliz para os países oriundos do sul da Europa, tendo causado uma acesa polémica.

Trata-se indiscutivelmente de um reconhecimento notável de alguém que encetou uma política nas finanças públicas portuguesas, que até à data tem sido um exemplo.
Mário Centeno, que de entre os ministros do actual governo, é porventura dos menos politizados, mas com toda a certeza é aquele que alavanca e sustenta parte do sucesso do governo liderado por António Costa.

Infere-se daqui, que nem sempre e nas mais diversas escalas, o “ser-se político” ou ter “ escola ou carreirismo político”, é o mais abonatório para o exercício de qualquer cargo governativo.

Por vezes, a população anseia por alguém de fora do espectro partidário, alheio a lógicas de caciquismos internos, que não raras vezes minam a credibilidade politica e os projectos políticos de quem os lidera.

Esta eleição, é também, um ensinamento para todos aqueles, que exercendo funções politicas e / ou partidárias, devem parar para pensar e reflectir, que fora da “caixa partidária”, há trunfos bem guardados que devem ser utilizados no momento certo.

Assim, e tal como há dias tive oportunidade de neste espaço mencionar, o governo de António Costa continua a ser bem-sucedido, estas noticias são um tónico fundamental que servem não só para sustentar o que de bom se tem feito, mas também para afirmar Portugal no contexto internacional.

Primeiro , tivemos a eleição de António Guterres para Secretário-geral da ONU, agora de Mário Centeno para Presidente do Euro grupo, em tão curto espaço de tempo, vermos dois portugueses em lugares de referência internacional, é um orgulho imenso para Portugal e para os Portugueses.

O patamar de excelência de Mário Centeno, elevou-se de sobremaneira com esta eleição.

Centeno com esta nova função, granjeia de um enorme reconhecimento internacional, tendo todavia os holofotes mediáticos bem direcionados à sua pessoa e às suas decisões.
Além de coordenar toda a política das finanças públicas europeias, tem que atentar às especificidades de cada país, procurando sempre os consensos necessários neste domínio.
Tem que ser claramente um “ primus inter pares”.

O princípio da solidariedade europeia e da unidade entre os estados, tal qual defendia aquele que foi o arquitecto da União Europeia, Jean Monnet, tem que ser sempre doseado com a politica fiscal, que  tem uma importância decisiva no contexto internacional.
Será um gosto termos um português a estar presente nas reuniões do G7, e bem assim, ser o líder do grupo dos 19 países da moeda única.

As maiores felicidades ao novo Presidente do Euro Grupo, porque o seu sucesso, será também, esperemos todos, o sucesso de Portugal.
Muitos parabéns Mário Centeno!