O presidente da Câmara Municipal de Paredes reafirmou, em Assembleia Municipal, que a construção da unidade de valorização orgânica de resíduos prevista para a zona industrial de Parada/Baltar só avança caso o estudo de impacto ambiental pedido não detecte nenhum risco para a população e ambiente.

Alexandre Almeida disse-se “convicto” que será possível apresentar os resultados desse estudo “durante o mês de Outubro”.

O autarca respondia ao deputado municipal Jorge Ribeiro da Silva, do CDS-PP, que apontou a demora na divulgação do documento sobre a “fábrica do lixo”.

“Ao tempo, o senhor presidente anunciou que no prazo de 60 dias, traria a esta Assembleia o estudo de impacto ambiental do equipamento, mas também o estudo de custo benefício para a economia local que o mesmo trará. O CDS, em todas as sessões desta Assembleia, de então para cá, lhe tem perguntado pelo estudo, e respectivas conclusões. Vários 60 dias passaram, entretanto, e ainda não discutimos aqui o resultado desses estudos, se é que existem”, criticou o eleito, citando notícias em que Alexandre Almeida falava desse estudo e prometia a divulgação de resultados para breve. “Quando é que esta assembleia terá conhecimento do estudo de impacto ambiental e do custo benefício para a economia local?”, perguntou, deixando ainda questões sobre se o equipamento terá uma mini ETAR e onde é que “a adutora vai descarregar o lixo”.

“Aquilo que eu disse é que não avança a construção da unidade de resíduos orgânicos sem que esteja cá fora o estudo que diga que não há qualquer tipo de impacto para a população de Baltar e para o concelho de Paredes. O estudo ainda não está cá fora, a obra ainda não começou”, começou por esclarecer o presidente da Câmara.

Referiu ainda que o “estudo está a ser ultimado” e que a avaliação da Universidade de Aveiro só podia ser concluída depois de ser conhecido o vencedor do concurso público internacional lançado e a tecnologia que será usada.

“Afirmei sempre que não teria qualquer tipo de impacto porque já conhecia as características que eram impostas no concurso para que a empresa ganhasse. Por exemplo, exigimos a instalação de filtros com capacidade de reter 99% dos cheiros e que a unidade fosse vedada”, sustentou o edil paredense.

“Estou convicto de que durante o mês de Outubro esse estudo vai ser apresentado. Irei fazer uma conferência de imprensa em conjunto com a Ambisousa para o dar a conhecer”, prometeu.

“Se esse estudo disser, clara e inequivocamente, que não há qualquer tipo de impacto, como sei que vai dizer, nessa altura a obra avançará Se disser que há riscos não avança”, concluiu.