O presidente da Câmara Municipal de Paredes anunciou que pediu à Ambisousa – Empresa Intermunicipal de Tratamento de Gestão de Resíduos Sólidos um estudo que avalie o impacto ambiental da instalação de uma unidade industrial de tratamento resíduos, que transformará resíduos orgânicos em biogás, na zona industrial de Parada/Baltar. Alexandre Almeida diz também que pediu pareceres à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre o tema.

Em causa as críticas que têm surgido desde que o projecto, um investimento de 18 milhões de euros que vai tratar mais de 25 mil toneladas de resíduos dos seis concelhos do Vale do Sousa e produzir 8.200 toneladas de compostos, veio a público. A Assembleia de Freguesia de Baltar também já se manifestou contra o projecto e está agendada para hoje uma sessão de esclarecimentos.

Em comunicado, o autarca, que em Assembleia Municipal afirmou que aquela unidade não causaria quaisquer cheiros nem transtornos e foi acusado de não querer falar sobre lixo em ano eleitoral, deixa uma garantia: “ao mínimo impacto ambiental que cause, nós não permitiremos a instalação daquela unidade na zona industrial de Parada/Baltar”.

Alexandre Almeida diz que o “Município de Paredes está consciente que não há qualquer impacto ambiental”, mas que atendendo ao “aproveitamento político que está a ser feito” decidiu avançar com estes pedidos. O estudo “não é obrigatório, uma vez que se trata de uma indústria inócua, mas para que não restem qualquer tipo de dúvidas à população de Baltar e aos paredenses, queremos que as entidades emitam um parecer se a instalação dessa unidade poderá constituir algum tipo de impacto ambiental”. 

Desta decisão, refere, foi dado conhecimento às Juntas de Freguesia de Baltar e Parada de Todeia.

A unidade de valorização orgânica de bio-resíduos recolhidos seletivamente (restos de comida, resíduos orgânicos e relva) já foi candidatada pela Ambisousa e deve estar instalada até 2023. “Este investimento para além de criar postos de trabalho, vai permitir novos acessos à zona industrial, não pode ser objecto de aproveitamento político nesta altura”, defende o presidente da Câmara.