Terminou, ontem, o concurso lançado pela Ambisousa – Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos do Vale do Sousa para a construção da unidade de valorização orgânica de resíduos que está prevista para a zona industrial de Parada/Baltar.

A informação foi avançada pelo presidente da Câmara de Paredes na última Assembleia Municipal, onde foi questionado pela oposição sobre quando seria instalada aquela unidade e qual o ponto de situação da “fábrica de lixo”.

Também o presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, actual presidente da Ambisousa, disse na Assembleia Municipal de Penafiel que terminava, no dia 28, depois de ter sido prorrogado, o prazo de apresentação de propostas para a instalação desta unidade que vai servir os seis concelhos do Vale do Sousa.

Alexandre Almeida, autarca de Paredes, esclareceu que o concurso desta unidade terminava segunda-feira (ontem), definindo que empresa ficará responsável pela construção da unidade. O autarca sustentou ainda que será, entretanto, apresentado o estudo de impacto ambiental solicitado pela Ambisousa.

“Apesar de termos a certeza que se trata de uma unidade que não causa impactos e que não é uma fábrica de lixo como tantas vezes gostam de apelidar, mesmo assim, ela não avançará sem a apresentação desse estudo de impacto ambiental que será apresentado em breve”, garantiu.

Recorde-se que quando o projecto veio a público, em Junho do ano passado, a população e a Junta de Freguesia de Baltar mostraram-se contra a construção desta unidade.  

Devido à celeuma gerada, o presidente da Câmara de Paredes apelou à realização de um estudo de impacto ambiental que foi requerido pela Ambisousa, “com celeridade máxima” e “com o envolvimento da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Recorde-se que a Ambisousa lançou uma candidatura para um investimento superior a 17,5 milhões de euros que vida construir, até 2023, no Parque Empresarial de Parada/Baltar, “pelos bons acessos, por ser uma zona industrial em que a unidade se enquadra e por permitir a injecção directa do biogás que será produzido na rede de gás natural”, uma unidade de valorização orgânica.

Quando estiver a funcionar em pleno, o equipamento vai tratar 25 mil toneladas de bio-resíduos por ano, gerando 1,2 milhões de metros cúbicos de biometano (biogás) e 8.200 toneladas de composto (fertilizante).

A promessa é de que será um equipamento moderno e sem impactos no ambiente. Funcionará num “pavilhão fechado sem possibilidade de emissão de gases ou cheiros”.