A companhia ‘Astro Fingido’ vai instalar-se na Casa da Cultura de Paredes, na próxima sexta-feira, sábado e domingo, com o “Bosque *Piripak”, um teatro musicado para crianças, que pretende ensinar o público a deixar os medos de lado e a querer arriscar.
Dia 10, as convidadas são as escolas, sendo que sábado e domingo, as performances são para o público em geral, com apresentações às 9h30, 11h00 e 16h00.
E o que é o Bosque do Piripak? A companhia explica que é um “teatro para espantar os medos”.
É que, e passados quase dois anos de luta contra a pandemia, o grupo sentiu necessidade de “criar um espectáculo que ajudasse miúdos e graúdos a espantar os seus medos”.
E de que é que temos medo? “Do escuro? Do silêncio? Do nada? Mas o que é o nada? O medo de estar sozinho? De não sermos aceites pelo outro? Que se faz quando se tem medo? Foge-se? Enfrenta-se? Todos têm medo de alguma coisa? Até os adultos? Não nos ajuda o medo a sermos cautelosos e a livrar-nos do perigo? Então, o medo será sempre negativo?”. Estão são algumas das questões que duas jovens, a Zé e a Zé vão responder, através da pintura de um graffiti. E enquanto uma “arrisca e pinta a primeira coisa que lhe vem à cabeça”, a outra “fica quieta, muita parada, com receio de errar”.
E é precisamente essa a mensagem que a Astro Fingido quer deixar ao público, porque muitas vezes “deixamos de levar a cabo um projecto com medo de errar” ou preferimos “uma má companhia à ideia de ficar só”.
De salientar que, esta é a terceira incursão da Astro Fingido no teatro para a infância. Em 2009 subiu ao palco a peça “Sonhos&Miminhos”, onde duas cozinheiras desmioladas tentavam fazer um bolo de aniversário.
Dois anos depois, “O Grito dos Pavões” foi um espectáculo construído a partir de poemas escritos por crianças das escolas e bibliotecas de Paredes e do Porto que frequentaram as oficinas de escrita criativa.
Agora, o Bosque do Piripak, também dirigido aos mais novos, tem entrada gratuita, mas requer marcação prévia.
