As escolas secundárias de Ermesinde e de Valongo vão beneficiar de obras de requalificação, num investimento de quatro milhões de euros, financiado pelos fundos comunitários provenientes do Portugal 2020 e com comparticipação do Ministério da Educação e da Câmara de Valongo, de 7,5 por cento cada. Em Ermesinde as obras avançam já em 2017.

O anúncio foi feito esta tarde pelo presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, que aproveitou o período antes da ordem do dia para dar conta dos resultados da reunião que manteve esta segunda-feira com o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.  A reunião havia sido solicitada pelo autarca no sentido de “corrigir a injustiça revoltante”, como afirmou na abertura do ano escolar em Setembro, sustentando, na altura que “não é compreensível, nem aceitável que o Município de Valongo seja o único em toda a Área Metropolitana do Porto que não tenha recebido qualquer investimento público por parte da Parque Escolar em edifícios do Governo”. Depois da reunião com Tiago Brandão Rodrigues, José Manuel Ribeiro concluiu que “o ministro da Educação percebeu a especificidade do concelho de Valongo”, “provando que quer apoiar a escola pública”.

Foto: I.R.M./Verdadeiro Olhar
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Segunda fase deve avançar depois de reprogramação de fundos comunitários

Nesta reunião, sublinhou, foi possível “encontrar um entendimento”, aproveitando os 3,9 milhões de euros para a requalificação da Escola Secundária de Ermesinde e 100 mil euros para a Secundária de Valongo, disponíveis no “Mapeamento de Infraestruturas da Educação”. De realçar é, explica o autarca, o “reconhecimento”, e que ficará vertido nos acordos a assinar entre as partes, “de que isto é a primeira fase e que numa segunda fase, aquando da reprogramação do actual quadro comunitário de apoio, o investimento será reforçado seja para terminar a requalificação da Escola Secundária de Ermesinde seja para avançar com as obras na Escola Secundária de Valongo”. “No próximo ano haverá obras na Escola Secundária de Ermesinde e projecto para a Secundária de Valongo”, garantiu, adiantando que as propostas dos acordos com o Ministério da Educação serão levados à próxima reunião de câmara.

“Tenho o dever de aproveitar estes recursos”, sublinha José Manuel Ribeiro

Ao VERDADEIRO OLHAR, José Manuel Ribeiro garante que nada mudou para agora aceitar a comparticipação de 7,5 por cento, dividido em dois orçamentos municipais. “Apesar de achar que tenho razão, de que houve um tratamento injusto no passado, tenho o dever de aproveitar estes recursos”, disse, sublinhando que Tiago Brandão Rodrigues “reconheceu as dificuldades do concelho e nos acordos fica o compromisso de empenhamento total na reprogramação das verbas do quadro comunitário”. O autarca voltou a sublinhar que nunca foi abordado pela DGESTE (Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares) no sentido de assinar qualquer acordo para a requalificação das escolas do concelho.

Foto: I.R.M./Verdadeiro Olhar
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“Por inacção, Valongo ficou fora do plano”, diz o PSD

João Paulo Baltazar, vereador do PSD, recordou que já em Julho “quando foi conhecida a intenção do Governo fazer obras nas escolas com a compartiicpação de 7,5 por cento, demos o conforto para avançar”. “O presidente andou a descansar e por inacção, Valongo ficou fora do plano”, acrescentou, sublinhando a possibilidade de se “desperdiçar quatro milhões de euros”. O vereador revelou satisfação pela “segunda oportunidade” dada a Valongo, reiterando que “perdemos uns meses”. “É importante que isto não se perca”, concluiu.