A Caixa de Crédito Agrícola de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega (TSABT) vai a eleições em Dezembro. E, pela primeira vez, diz nota de imprensa de Susana Faria, que se apresenta a sufrágio com um projecto “alternativo”, a eleição terá “duas listas concorrentes”.

“Um grupo de associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega, CRL, liderados por Susana Faria, vai apresentar uma candidatura para os órgãos sociais da instituição bancária”, informa, referindo que a candidatura pretende ser um “projecto alternativo, pela positiva” e que “não é contra ninguém”.

Susana Faria, com um percurso de 13 anos na instituição bancária, é candidata a presidente da direcção, sendo João Pereira, ex-chefe da repartição das Finanças de Guimarães e Vizela, o candidato à mesa da Assembleia Geral e Marco Rebelo, consultor de empresas, o candidato ao Conselho Fiscal. 

Trata-se de “uma candidatura que aposta na renovação, com uma equipa jovem e profissional para implementar uma gestão moderna, rigorosa e ambiciosa”.

Entre as principais ideias defendidas por Susana Faria está a “a devolução da Caixa de Crédito Agrícola às suas terras, às suas gentes” com “apoio efectivo a quem cria riqueza, nomeadamente aos empresários dos vários sectores de actividade da região, como a indústria, e também ao sector agrícola que foi esquecido”, voltando à génese de criação da instituição.

A candidata diz que quer fazer jus ao slogan “Banco nacional com pronúncia local”, garantindo proximidade, rentabilizar a Caixa e afirmar o Crédito Agrícola como “uma grande instituição cooperativa” adaptada aos novos tempos.

A Caixa Agrícola de TSABT actua em sete concelhos – Felgueiras, Lousada, Celorico, Amarante, Vizela, Guimarães e Fafe. E Susana Faria diz que defende a autonomia da instituição bancária e que “não aceita que haja intenções de a integrar numa outra caixa vizinha”. “Ao contrário da estratégia que tem vindo a ser seguida, defendo uma política de expansão, dotar a organização de mais meios, contratar mais profissionais bancários, dotar os actuais de ferramentas para que possam ser mais eficientes e que lhes possibilite acompanhar a evolução da actividade financeira, fazer uma eficaz manutenção dos espaços físicos, os balcões, ao invés de os encerrar, refrescar a sua imagem”, lê-se em nota de imprensa.

Isso passa por outro objectivo, que é o de “reforçar a imagem da Caixa de Crédito Agrícola em toda a região de actuação”, assim como “melhorar a carteira de clientes, apostar nas empresas e nos empresários que criam riqueza nos nossos concelhos, ser competitiva na concessão de crédito habitação para fixar jovens na nossa região”, entre outros, continuando a contribuir para o desenvolvimento económico da região onde se insere.

Outra das propostas passa pela criação de um Conselho Consultivo, “que integre pessoas com responsabilidades nos vários concelhos em que a Caixa atua, que reúna regularmente com vista a debater e definir linhas de orientação com base nas pretensões das populações”.