São muitas as instituições da região que trabalham, todos os dias, para ajudar desde jovens a crianças, até às famílias mais carenciadas.

Este ano optamos por destacar o trabalho de uma associação que, apesar das contrariedades, decidiu não voltar a cara à luta e está a fazer tudo o que pode para não fechar portas e não deixar, sem resposta, mais de duas dezenas de idosos.

Criado no seio da Associação para o Desenvolvimento da Portela, o Centro Sénior da Portela, com quase 10 anos, vive no limite e depara-se com uma “pescadinha de rabo na boca”. A Segurança Social exige obras “urgentes” para estabelecer protocolos e todas as tentativas de obter financiamento para isso foram indeferidas, ou porque mudavam regras ou porque não havia verbas, frustrando as expectativas.

Para manter o funcionamento, e pagar salários aos funcionários, há muito sacrifício e são realizadas actividades de angariação de fundos, sendo ainda gerido o transporte e a cantina escolar para angariar verbas direccionadas para esta valência, já que os contributos dos utentes, com baixas reformas, são parcos e insuficientes.

Os 22 utentes temem pelo encerramento. Não querem voltar a vidas isoladas e marcadas pela solidão.

Em desespero, os responsáveis pela associação lançaram, no final do ano, uma campanha solidária que visa angariar os mais de 400 mil euros necessários para ampliar e adaptar a antiga escola onde está instalada a instituição e transformar o edifício num Centro de Dia e num CACI – Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão. O mote é simples: basta a cada um dos habitantes do Tâmega e Sousa contribuir com um euro e a instituição é salva.

Se não funcionar, pode estar em causa o encerramento da instituição. O que numa altura em que se procura criar mais respostas para apoiar a população sénior, em que faltam lares, centros de dia e apoio domiciliário, não faz sentido.

Juntamo-nos por isso a esta luta. Apelamos a todos que deixem de tomar um café ou de comer um pastel e contribuam com um euro para esta causa.

Projecto ‘aLOL – ad libitum Orquestra de Lousada’, de inclusão e de combate ao insucesso escolar

E dos mais velhos passamos aos mais novos, para um projecto que está a ser desenvolvido em parceria entre o Ministério da Educação, o Agrupamento de Escolas Lousada Oeste, o Conservatório do Vale do Sousa e a Câmara Municipal de Lousada.

Será que se pode fazer inclusão social, integrando as crianças através da música para combater o insucesso escolar e promover a igualdade? É isso que está a tentar o ‘aLOL – ad libitum Orquestra de Lousada‘, que se baseia num sistema de “imitação”, em que a criança e/ou jovem começa por seguir o exemplo do professor e, só depois, aperfeiçoa técnicas.

Esta “orquestra”, composta por 48 crianças e jovens tem carga horária semanal na escola e conta com instrumentos como violino, viola d´arco, violoncelo, contrabaixo, oboé, clarinete, fagote, flauta, trompete, trombone, trompa e percussão.

O Vale do Sousa é, muitas vezes, apontado como uma região deprimida e com baixos indicadores em várias áreas. Tudo o que se possa fazer para dar oportunidades às nossas crianças é de realçar. Muitas vezes este tipo de projectos é a única forma de crianças mais desfavorecidas terem acesso ao ensino musical e, quem sabe, não sai daqui mais um dos talentos da região.

Projecto “ECCoS – Em Casa Com Saúde” de Valongo

Foto: cottonbro/Pexels

Apesar de esta região ainda se manter jovem, o problema do envelhecimento é transversal a todo o país. E, cada vez mais, são precisas soluções para colmatar o problema da falta de rectaguarda familiar e solidão. Em Valongo, está a crescer a população envelhecida, isolada e dependente. Os dados do último Censos dá nota de residirem em Valongo 18.332 pessoas com 65 ou mais anos, sendo que, destes, 12,5% residiam em situação de isolamento.

Mas, nem sempre, desenraizar o idoso será a solução. Muitos não querem sair do lugar onde sempre viveram. Por isso, achamos importante destacar a premissa do projecto ECCoS – Em Casa Com Saúde lançado pela Câmara de Valongo: “O lugar ideal para envelhecer é aquele que já conheço…a minha casa”.

Trata-se de um projecto de intervenção social, destinado a residentes com idade igual ou superior a 65 anos, em situação de isolamento e solidão e/ ou insuficiente rectaguarda familiar, que passa por levar voluntários a casa desses seniores, com actividades lúdicas, sociais e respostas no âmbito da saúde, para combater a solidão e promover a permanência na habitação.

Numa altura em que faltam respostas para estas populações, serão estes projectos o futuro?

Conheça os premiados das outras categorias:

Personalidade do Ano

Político do Ano

Acontecimento do Ano

Empresa do Ano

Prémio Cultural do Ano

Entidade Desportiva do Ano

Desportista do Ano

Jovem do Ano

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