Francisco Coelho da RochaPrioridades políticas. Se, a nível nacional, estamos a assistir a uma união entre o PS, o PCP e o BE para impedir que a coligação de direita governe, em Valongo o PSD juntou-se ao PCP para inviabilizar o orçamento para o próximo ano. Nos últimos anos o município de Valongo viveu momentos difíceis a nível financeiro, sendo, não raras vezes, dado como exemplo nacional no que toca a má gestão financeira. Desde há quatro anos, num trabalho iniciado por João Paulo Baltazar e continuado por José Manuel Ribeiro, tem sido feito um esforço para inverter essa situação. Por isso, não se compreende que o PSD tenha chumbado o Orçamento, muito menos pelos motivos invocados: a exigência de que seja atribuído mais dinheiro às IPSS e aos clubes desportivos para a formação de jovens. O PSD parece menos preocupado com a situação financeira do município do que com as próximas eleições autárquicas.

O impossível possível. Esta semana damos-lhe a conhecer dois exemplos de sucesso empresarial. O primeiro é o da Irmarfer, uma empresa de Paços de Ferreira que foi fundada em 1981 por um torneiro que a passou aos seus cinco filhos, que emprega actualmente 240 pessoas e é uma das dez maiores empresas a nível mundial na concepção de tendas para grandes eventos. Desta vez, a Irmarfer é notícia porque, entre as mais de 200 empresas convidadas pelo Comité Organizador dos Jogos Olímpicos 2016, foi a única que aceitou o desafio de construir uma tenda com 75 metros de largura e 400 metros de comprimento sem pilares de sustentação. Quando todos diziam que era impossível, a Irmafer provou que possui conhecimentos e tecnologia para tornar o impossível em realizável.

Jovem casal resiste aos grandes. Outro exemplo empresarial de sucesso é o caso dos Supermercados Europa. Numa região onde as grandes superfícies nascem como cogumelos, há uma pequena empresa que, para além de lhes resistir, cresce a olhos vistos. Há 15 anos, um jovem casal pegou numa pequena mercearia com mais de 40 anos e transformou-a numa empresa de sucesso. Começaram a crescer, contrataram três funcionários e passaram a facturar 300 mil euros por ano. Hoje, facturam mais de cinco milhões de euros e dão emprego a 30 pessoas. O casal de empresários, que têm agora 30 e 35 anos de idade, investiu três milhões de euros, sem recorrer a subsídios, e transformou os Supermercados Europa num exemplo de sucesso.