O Ministério Público (MP) de Penafiel acusou seis pessoas de estarem envolvidas em vários assaltos a empresas de média e grande dimensão, situadas, sobretudo, nos distritos do Porto e Viseu.

Numa nota divulgada hoje pela Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP) é referido que, a 5 de março, foi deduzida acusação contra os seis arguidos, imputando-lhes a prática de um crime de associação criminosa, 35 crimes de furto qualificado, um deles na forma tentada, um crime de furto simples e um crime de dano.

Segundo a investigação, os arguidos, que residiam em Espanha, decidiram unir esforços numa atividade conjunta, tendo-se mudado para a zona de Adoufe, Vila Real, onde arrendaram três residências e um armazém, em meados de janeiro de 2019.

Desde essa altura, e até abril de 2019, “praticaram vários crimes de furto qualificado sendo o seu alvo empresas de média/grande dimensão situadas, principalmente, nos distritos do Porto e de Viseu”.

Os investigadores dizem que os assaltantes levavam materiais de cobre e máquinas industriais, artigos informáticos e eletrónicos, como computadores, ‘tablets’, telemóveis, máquinas, e ainda qualquer quantia monetária que encontrassem, relata a mesma nota da PGR.

O grupo, liderado por dois dos arguidos, dedicou-se em território nacional à prática de furtos em empresas, sempre durante a noite, demonstrando “grande organização, método e profissionalismo”, diz a acusação.

A PGR dá conta ainda que, “como resultado da atividade por si levada a cabo, os arguidos alcançam elevados proventos económicos, não lhes sendo conhecida qualquer atividade remunerada, com isso conseguido adquirir diversos veículos que utilizaram na atividade delituosa, arrendar casas e sustentar a própria família, bem como gastá-lo na aquisição de telemóveis ou gastando-o em atividades de lazer como em jogo de casino”.

O MP requereu ainda que fosse declarado perdido a favor do Estado a vantagem patrimonial obtida numa verba superior a 257 mil euros.

Dos seis acusados, só quatro foram detidos, sendo que dois destes estão em prisão preventiva. Um outro arguido encontra-se preso em cumprimento de pena à ordem de outro processo e o quarto elemento está a aguardar a conclusão do processo de entrega pelas autoridades britânicas.