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A onomatopeia é uma figura de linguagem que reproduz fonemas ou palavras que imitam os sons naturais, quer sejam de objetos, de pessoas ou de animais. E é também este o nome de um festival de literatura infantojuvenil, que ‘ocupa os escaparates’ de Valongo, até ao próximo domingo.

A iniciativa é da Câmara Municipal que pretende promover a leitura, através do “contacto com escritores, ilustradores e leitores, num ambiente descontraído e capaz de oferecer um interesse sólido pela leitura e expressão plástica”. 

Esta quinta edição, que inclui, pela primeira vez, o Prémio Ibérico de Literatura Infantojuvenil Álvaro Magalhães, desdobra-se num conjunto de iniciativas que envolvem apresentações de livros, sessões e batalhas entre autores, exposições de ilustração, concertos literários e exposições de fotografia, cozinha criativa, desenhos animados, comemoração dos 100 anos de cinema, teatro de marionetas, mercados urbanos e pinturas de mural, entre outras.

A Biblioteca Municipal de Valongo, o Largo do Centenário, a Oficina da Regueifa e do Biscoito e o Fórum Cultural de Ermesinde servem de palco a este festival que tem 80 horas de programação e mais de 30 convidados, entre autores, ilustradores, músicos, artesãos e performers. Todos os eventos do festival são gratuitos.

O presidente da Câmara Municipal não tem dúvidas que este evento “é mais um contributo para a formação de uma sociedade de leitores pensantes e críticos”, até porque, “um leitor ativo é uma pessoa que também se envolve de forma diferente na vida em comunidade. Quem lê torna-se muito especial, com maior espírito crítico e com maior sensibilidade para os valores e atividades humanas como a cultura, a solidariedade e a cidadania”.

Citado em nota de impresa, José Manuel Ribeiro aponta que “este é o único festival do país exclusivamente dedicado à literatura infantojuvenil” e valoriza este evento do município que dirige, porque sabe que “ler aguça os sentidos, amplia os horizontes, mostra diferentes ideias e dimensões”, para além de nos tornar “melhores seres humanos ao contribuir para o bem-estar cognitivo, desenvolvimento da criatividade, da comunicação, da imaginação e do senso crítico”.

Este é o quinto ano do Onomatopeia, um projecto que tem crescido e que agrega outros como o ‘Ler Não Custa Nada’, as BIOtecas – Bibliotecas Verdes, o Manifestum arte de dizer, entre outras.

A entrega do prémio ibérico de literatura acontece no dia cinco, a partir das 22h00, na Oficina da Regueifa e do Biscoito, e terá um valor monetário de cinco mil euros. Pretende reconhecer a melhor obra de literatura portuguesa ou espanhola editada no mercado nacional no ano anterior ao galardão. Os finalistas são Afonso Cruz com o livro “A flor e o peixe”; Capicua com “Mão verde”; David Machado com “Os reis do mar”; Rita Sineiro com “Filas de sonhos”; e Valter Hugo Mãe com “A minha mãe é minha filha”.

O júri é composto pelos escritores Álvaro Magalhães e Adélia Carvalho (que é também curadora do Festival), a professora universitária Lourdes Pereira e a ilustradora e editora Marta Madureira.