Os premiados do concurso “TâmegaSousa Empreendedor – Onde as ideias se concretizam!” foram conhecidos, no final da semana passada, durante o Fórum para a Competitividade do Tâmega e Sousa – Território e Dinâmica Empreendedora, que decorreu no Auditório Municipal de Cinfães.

Segundo nota de imprensa, a Resipel, a Carité Calçados, Lda. E o Teatromóvel, respectivamente nas categorias “Ideias com futuro”, “Empresa com futuro” e “Inovação social com futuro”, foram os grandes vencedores.

O projecto da Resipel consiste na recolha de resíduos da indústria do calçado, com o objectivo de dar um novo fim aos resíduos desta indústria no concelho de Felgueiras. Procura a criação de um sistema logístico, assente no paradigma da economia circular, que conecte as empresas do calçado às transformadoras, potencializando a reinserção dos resíduos no mercado como uma nova matéria-prima, explica a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Em segundo lugar na categoria 1 ficou a Destilaria Nova que se propõe a reinventar a tradição vinícola do Tâmega e Sousa e inovar na produção de bebidas espirituosas, tendo como foco a produção do primeiro whisky português, mas também gins premium sazonais com botânicos locais e aguardentes bagaceiras regionais aromatizadas. A terceira classificada nesta categoria, que pretende distinguir ideias de negócio em fase de projecto (empresa não constituída) que potenciem o aparecimento de novos produtos, processos produtivos, serviços, formas de comercialização e/ou abordagens de mercado, foi a Naru, que se propõe a fazer o aproveitamento integral da laranja, através da produção de sumos naturais, compotas, marmeladas, gelados, óleos essenciais, entre outros, bem como dos seus resíduos, para posterior reutilização na indústria alimentar e farmacêutica.

Entre as empresas com futuro foram premiadas a Carité Calçados, Lda., empresa de calçado sediada em Felgueiras, mas com extensões em Castelo de Paiva e Celorico de Basto, que desenvolve linhas de investigação e desenvolvimento para inovação dos produtos e processos, nomeadamente ao nível do ecodesign e desenvolvimento de calçado sustentável, e da economia circular, procurando desclassificar, reusar e reciclar os resíduos do calçado. Com base nestes pressupostos, a empresa pretende criar novos produtos para exportação, direccionados para os segmentos de segurança, médico e aeronáutica, revela nota de imprensa. A segunda classificada foi a Hearts, Lda., uma microempresa de Felgueiras de vocação criativa e exportadora, dedicada à produção de artigos têxteis de luxo bordados artesanalmente, reinventando o tradicional bordado das Terras de Sousa. Na terceira posição ficou a Metalúrgica do Fojo, Lda., uma empresa de Amarante que produz estruturas metálicas para fins industriais e equipamentos metálicos para a indústria aeronáutica e automóvel. “A empresa adoptou um sistema de gestão da produção mais transparente e adequado ao mercado global, que permite ao cliente acompanhar, em tempo real, todo o processo de produção, desde a preparação, o corte, a moldagem, a preparação para o tratamento superficial, embalamento final e informação da disponibilidade de entrega”, refere a CIM.

Na categoria de “Inovação social com futuro”, que visa premiar ideias de inovação social criativas e inovadoras que procurem dar resposta a problemas importantes e negligenciados da sociedade, e passíveis de serem sistematizadas e replicadas para outros contextos, o primeiro classificado foi o projecto “Teatromóvel” que consiste em levar o teatro às populações mais isoladas e com poucos hábitos de consumo de teatro, exibindo espectáculos de cariz social e/ou entretenimento em locais públicos abertos, através de um veículo transformado em palco móvel. Em segundo lugar ficou a Escola de Futsal Os Afonsinhos que pretende promover a inclusão e a interação social de crianças e jovens através do futsal, promovendo o seu desenvolvimento, a sua qualidade de vida e a sua excelência pessoal e escolar, independentemente das suas condições sociais e, em terceiro, a “Revolução das Minhocas” que tem como objectivos transformar o lixo orgânico em fertilizantes naturais com a ajuda de minhocas. Pretende contribuir para a redução da pegada ecológica das pessoas e das organizações, através da produção de fertilizantes naturais de qualidade, provenientes de sistemas de compostagem com minhocas, designados de vermicompostagem.

Antes da entrega dos prémios debateram-se os desafios económicos da região, tendo como foco os seus sectores estratégicos, como a fileira da moda (calçado, têxtil e vestuário), o mobiliário, a metalomecânica, a construção, o turismo e a fileira do vinho (viticultura e indústria do vinho).

O Concurso “TâmegaSousa Empreendedor – Onde as ideias se concretizam!” foi promovido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e pela empresa municipal Qualidade de Basto – Empresa para o Desenvolvimento do Tecido Económico Local, em parceria com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico do Porto, o Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.