A segunda edição da Clássica Ribeiro da Silva, uma prova por etapas e que pretende homenagear um dos melhores ciclistas portugueses de sempre, José Manuel Ribeiro da Silva, natural de Lordelo, sai para a estrada este fim-de-semana.

Composta por duas etapas, sendo que a primeira disputa-se este sábado, entre Sobreira e Paredes, num percurso de 138,9 quilómetros. A partida dá-se na Alameda de São Pedro, pelas 12h30, com chegada a Paredes, pelas 15h50.

A segunda acontece no dia seguinte, domingo. As bicicletas saem de Rebordosa, pelas 12h00, e chegam a Lordelo, pelas 16h00, junto à estátua do Ribeiro da Silva. O percurso é composto por 153,4 quilómetros.

De salientar que, esta prova se integra no calendário velocipédico nacional 2022, da Federação Portuguesa de Ciclismo, e vai contar com atletas das categorias sub-23 e elite que “proporcionarão momentos de disputa e emoção durante os dois dias de competição”, sublinha a autarquia.

O evento desportivo conta com a organização da Associação de Ciclismo do Porto, e com o apoio do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude e da Fundação ALORD.

A entrega de prémios está agendada para domingo, em Lordelo, pelas 16h15.

Recorde-se que, Ribeiro da Silva nasceu em Lordelo, Paredes, e cedo demonstrou grande apetência para o ciclismo, contra vontade do pai que preferia para o filho uma vida mais estável na sua fábrica de móveis. Depois de disputar e vencer várias provas populares e regionais decidiu tentar a sua sorte nos grandes clubes da cidade do Porto.

Em 1953, pela mão de Salvador Henriques, deu as primeiras voltas na pista do rio Lima, tendo sido inscrito na categoria de amadores-juniores, disputando o respectivo campeonato. Logo aí vence duas provas. Nesse mesmo ano começa a mostrar toda a sua capacidade ao classificar-se em 8º lugar na clássica Porto-Lisboa. Estava assim lançado nas grandes provas e começou a ser um nome conhecido no pelotão. Venceu duas voltas a Portugal e destacou-se em provas internacionais.

Um acidente de motorizada, no dia 9 de Abril de 1958, roubou ao ciclismo português e ao Académico Futebol Clube um dos seus maiores vultos. Ribeiro da Silva foi apelidado pelo histórico e exigente crítico do L’Équipe, Paul Ruinart, “o português voador”.