“Lousada é o concelho do distrito do Porto com salários mais baixos, o que tem forte impacto na qualidade de vida”. A afirmação é do líder do PSD local, Leonel Vieira, durante um almoço, que reuniu vários dirigientes e elementos do partido e que foi promovido pelos Trabalhadores Sociais-democratas (TSD), na sede do Rancho de Nogueira.

A situação deve-se aos “34 anos de gestão socialista” que “não serviram para inverter esta situação”, uma vez que o partido “nunca pôs em prática medidas para captar emprego na área tecnológica e inovação”, áreas com “os salários mais altos”.

O líder lousadense denunciou ainda a “situação dramática” vivida pelos jovens, levando-os a abandonarem o país.

Na liderança dos TSD Lousada há um ano, André Magalhães vincou a necessidade de captar investimento para o município, sobretudo num altura “em que o têxtil e o calçado passam por sérias dificuldades. Não bastam visitas às empresas, é preciso criar um gabinete de apoio para ajudar em diversas áreas, incluindo candidaturas a fundos”, defendeu.

Para além do emprego, Leonel Vieira não deixou de apontar o dedo à ausência de “financiamento às juntas de freguesia”, sobretudo porque a Câmara de Lousada “tem meios para tal”, “provenientes dos impostos e dos fundos comunitários”.

“Lamento que, muitas vezes, (a autarquia) não ajude mais as juntas por perseguição política, o que é lamentável”, acusou.

Presente no almoço esteve também Carla Barros, deputada e líder dos TSD do Porto, que apontou medidas do governo que podem fazer recuperar rendimentos e que passam pela “descida do IRS e o aumento de salários”. Em relação aos impostos, vincou a necessidade de “atender às empresas, aliviando a carga fiscal, para que estas possam pagar salários mais altos aos trabalhadores”.

O emprego jovem foi também uma das preocupações apresentadas pela deputada. “É preciso garantir emprego adequado às suas qualificações. Dar condições aos jovens para constituírem família e ter habitação”, frisou.

Para garantir que o trabalho não colida com a vida familiar, Carla Barros lembrou que é preciso desenvolver políticas “amigas de quem trabalha”, de apoio à terceira idade e à infância.

Antonino de Sousa, vice-presidente da distrital do Porto, fechou os discursos da tarde, considerando a carga fiscal “insuportável”.

“Com o PS, tivemos aumentos” nesta matéria, com pessoas a trabalharem de “janeiro a junho para entregar esse dinheiro ao Estado”. Também a carga fiscal sobre as empresas mereceu críticas do também autarca de Penafiel ao dizer que “em 38 países, Portugal tem a quinta carga fiscal mais elevada. É preciso pôr termo a esta asfixia fiscal”.

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