Fotografia: Vidas em Cena Produções

“Loja dos Suicídios”, assim se designa o mais recente trabalho da companhia de Lousada Vidas em Cena Produções. A peça estreia esta sexta-feira, no auditório municipal, e conta com a actriz Clarisse Moreira.

Segundo José Carlos Carvalheiras, do grupo Vidas em Cena Produções, este trabalho pretende surpreender o público a partir do romance de Jean Teulé.

A obra que foi um bestseller em vários países centra-se numa lojinha “que comercializa tudo o que há de mais fino e eficaz para a lúgubre empresa do suicídio”, oferecendo aos clientes todo o tipo de soluções para que a sua vontade e desejo de morrerem sejam cumpridos. A história sofre, no entanto, um revés e muda de sentido com o nascimento de um novo elemento na família que traz a esta a alegria de viver.

“O público é que decide como termina esta peça. Surpreender é uma palavra de ordem de Vidas em Cena. É isso mesmo que acontece na nossa mais recente produção que estreia sexta feira 13 de Abril às 21h30 no auditório municipal de Lousada”, revelou José Carlos Carvalheiras.

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Segundo o responsável pelo grupo a peça conta, também, com o contributo fundamental da encenadora profissional Carla Campos que pegou numa dramaturgia da sua professora Rita de Azevedo sobre a obra prima de Jean Teulé.

Falando da Loja dos Suicídios e citando Carla Campos, o director geral da produção manifestou que “esta peça retrata literalmente a sociedade de hoje que banaliza a vida e vê a morte como solução do problema. O personagem Alan – o único que sorri na foto do cartaz – mostra que a vida é simples e que as coisas boas estão mesmo à nossa frente. Se está a chover muito, a água é importante; se um avião com dezenas de pessoas se despenhou e houve três sobreviventes, pode-se dizer que três pessoas caíram do céu e salvaram-se. Portanto, a vida tem que ser vista com um sorriso e tanto quanto possível com pensamento positivo, porque existe solução para tudo”, avançou.

Sobre o elenco, a encenadora afirmou que “é um grupo bastante diversificado de oito elementos onde há duas pessoas com mais de cinquenta anos e quatro com menos de 20, há três pessoas com formação superior em teatro, há quem tenha aqui a sua estreia e quem faça a sua quinta participação, enfim, a experiência e a juventude juntam se e o resultado tem sido excelente”.

José Carlos Carvalheiras assegurou que a peça é uma comédia sobre a morte.

“Gostamos de desafios difíceis e exigentes pois só assim se cresce no teatro e então desta vez decidimos fazer rir o público com um tema terrível e dramático como o suicídio e esta peça tem a particularidade de permitir ao público escolher o final, através de uma interacção que achamos interessante e que vai certamente motivar os espectadores e fomentar o gosto pelo teatro”, avançou.

O bilhete tem o preço “simbólico” de três euros.