A aposta na compostagem nos seis concelhos do Vale do Sousa vai manter-se e ser reforçada em 2022.

Se até 2020 estavam disponibilizados 5474 compostores domésticos nos municípios da Ambisousa – Empresa Intermunicipal de Tratamento e Gestão de Resíduos Sólidos do Vale do Sousa (Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel), este ano vão ser disponibilizados mais 2.000 novos compostores domésticos, bem como seis ilhas para compostagem comunitária, avança um documento da instituição. “Estes investimentos permitirão dar um maior contributo ao nível da prevenção da produção de resíduos e desvio de resíduos de aterro”, refere a Ambisousa.

A aquisição de mais 2000 compostores domésticos tem um valor estimado de 55 mil euros e visa dar “maior contributo ao nível da prevenção da produção de resíduos e desvio de resíduos de aterro” assim como “possibilitar dar resposta aos pedidos de compostores que aguardam (cerca de 800 pedidos)”. O objectivo é ainda o de “contribuir para o cumprimento da meta de 5% de redução em 2025 e de 15% em 2030, relativamente à produção de resíduos urbanos de 2019, conforme previsto no novo Regime Geral de Gestão de Resíduos”.

Já a aquisição de seis ilhas para compostagem comunitária terá o custo de 78 mil euros, tendo também como meta o desvio de resíduos de aterro. Será instalada uma ilha de compostagem doméstica em cada município, na freguesia com maior densidade populacional.

“As ilhas comunitárias de compostagem são instalações de acesso livre no qual o munícipe coloca os seus resíduos orgânicos, usando posteriormente o composto resultante. Estas instalações servem uma pequena comunidade, normalmente um bairro, um pequeno aglomerado habitacional, no qual os munícipes participam em todo o processo, desde a entrega dos resíduos, à gestão voluntária da pilha e à utilização do composto”, explica o presidente da Ambisousa, Antonino de Sousa, em resposta ao Verdadeiro Olhar. “Pretende-se assim, com este tipo de soluções, dar um contributo ao nível da prevenção da produção de resíduos, permitindo que os resíduos orgânicos (cerca de 40% dos resíduos urbanos produzidos) sejam valorizados através da produção de composto, evitando a sua colocação no contentor de resíduos indiferenciados e encaminhamento para aterro sanitário”, acrescenta.

A mesma fonte avança que este tipo de soluções tem tido alguma expressão, com resultados interessantes, em cidades como Flandres, Zurique, San Sebastián, Pontevedra ou Chambéry.

O projecto de compostagem caseira da Ambisousa envolve, para além da distribuição gratuita de equipamentos, uma monitorização e um acompanhamento do processo por técnicos da empresa intermunicipal, de forma a assegurar e comprovar a correcta utilização destes bio-compostores.