“Temos que estar preparados para abrir a porta e receber quem queira escolher a Europa como a sua pátria. A Europa tem que ser uma luz na salvaguarda dos Direitos Humanos”, defendeu o Secretário de Estado das Comunidades, numa sessão comemorativa dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promovida pelo Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), em parceria com o município de Paredes.

“Os Direitos Humanos são uma condição inerente à dignidade humana”, afirmou José Luís Carneiro, acrescentando: “Os grandes fluxos migratórios são provocados pelas situações de desigualdade – guerras ou pobreza – existentes no país de origem”.

O secretário de Estado lembrou, cita nota de imprensa, que Portugal também não pode esquecer que é um país de emigrantes. “Entre portugueses e luso-descendentes, são cerca de 5,7 milhões de pessoas em 178 países diferentes”, referiu.

“O grande desafio da sociedade europeia é demográfico”, afirmou ainda o governante, lembrando que a abertura da Europa ao exterior é uma questão de sustentabilidade do próprio continente.

Perante a Declaração Universal dos Direitos Humanos, lembrou, “todos os seres humanos nascem livre e iguais e a reflexão que surge nestas comemorações é que os migrantes têm também este direito”. “É preciso garantir-lhes os direitos fundamentais neste fosso de desigualdade e neste mar de injustiças”, afirmou.

Assumindo a promoção dos Direitos Humanos como um dever de todos, o CHTS considera de extrema importância o envolvimento com a comunidade. “O hospital não pode fechar-se à comunidade, queremos estar ao lado das escolas, dos Cuidados Primários e das Autarquias nestas iniciativas e projectos”, afirmou o presidente do CHTS. Nas palavras de Carlos Alberto, “além dos nossos direitos, temos que reflectir também sobre os nossos deveres e o nosso papel na mudança”. O administrador lembrou que, no caso específico do CHTS, o objectivo é “promover uma prestação de cuidados mais humanizada”.

Presente na iniciativa, o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida sustentou que “as autarquias estão na primeira linha no que concerne à defesa dos direitos dos cidadãos”.

O encontro assinalou também os 40 anos da adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos.