O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, visitou, ontem, o centro distrital de rectaguarda para doentes infectados com Covid-19 instalado no Seminário do Bom Pastor, em Ermesinde.

O espaço já está a funcionar há cerca de três semanas e tem capacidade para 50 camas, que pode ser alargada.

“Estas estruturas para doentes Covid-19 são muito necessárias para descomprimir os hospitais. São doentes que já não necessitam de camas agudas hospitalares, mas continuam a ter necessidades”, destacou o governante.

António Lacerda Sales elogiou ainda o papel dos autarcas que têm sido “parceiros inexcedíveis” no combate à pandemia e prometeu que até ao final desta semana a Direcção-Geral da Saúde vai divulgar os dados por concelho para que os autarcas tenham acesso a toda a informação e saibam “com o que contam”.

Questionado sobre a situação no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, que tem estado sob pressão nas últimas semanas e foi obrigado a transferir centenas de doentes, o secretário de Estado referiu apenas que isso levou “a uma experiência de grande aprendizagem”. “De facto tivemos de transferir muitos doentes para diversas instituições, mesmo do sector privado e social e para outras do Serviço Nacional de Saúde. Essa aprendizagem foi muito importante e vamos aplicá-la ao nível de outros hospitais se assim for necessário”, afirmou.

O governantes falou ainda na importância de recuperar inquéritos epidemiológicos em atraso e, questionado sobre se já passou o pico desta segunda vaga, diz que ainda não há como o afirmar. “Estamos a preparar os nossos serviços hospitalares e as estruturas de rectaguarda. Nunca paramos de nos preparar”, garantiu.

O secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, coordenador Regional Norte da Covid-19, acompanhou a visita, assim como o presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro.