Os vereadores eleitos pelo PSD apelaram, hoje, na reunião de executivo, a que se avance com a criação de coberturas nas entradas das escolas básicas do concelho ou com ligações até aos edifícios principais. Em causa o facto de os pais não poderem agora entrar e abrigar as crianças em dias de chuva, alegaram.

“Preocupa-nos a falta de coberturas nas entradas das escolas básicas e a sua ligação às entradas dos edifícios. Era necessário avançar rapidamente com a sua execução, porque as medidas de prevenção da Covid-19 criam problemas na entrada que serão agravados pela chegada da chuva”, defendeu José António Silva.

O vereador deu mesmo um exemplo. “Na escola de Outeiro, em Campo, onde já circula um abaixo-assinado pelos pais, são cerca de 75 metros entre o portão e a entrada do edifício. Se os pais não podem entrar quem vai acompanhar e abrigar as crianças? Isto é o que acontece noutras escolas em todas as freguesias do concelho”, argumentou.

Pelo executivo, o vereador da Educação, Orlando Rodrigues, foi pragmático. “Não é a primeira vez que vai chover este ano. Todos os anos chove. As coberturas das escolas nas entradas não estão contempladas porque há questões mais urgentes a ter em conta”, referiu.

“O que os pais solicitam por vezes é que haja uma cobertura até à entrada da escola, o que não faz muito sentido porque condiciona os recreios. Relativamente à escola do Outeiro ainda pior, porque o que solicitam desde o portão à entrada da escola, local onde também circulam ambulâncias e carros para o abastecimento à cozinha. Ao colocar uma cobertura tinha de ter altura elevada que não ia acautelar a chuva e vento”, alegou.

Publicidade

“Não concordo, pode-se criar um espaço ao lado de metro ou metro e meio e as crianças circularem por aí. Se o senhor acha que não é urgente e um problema as crianças apanharem chuva…”, ironizou José António Silva.

“Não temos condições de um momento para o outro resolver uma situação destas dessa forma. Em algumas escolas vai ser criado um corredor para que os pais possam levar as crianças quando chove”, adiantou no entanto o vereador da Educação, lembrando que os seus próprios filhos frequentaram aquela escola e que já na altura não havia outra solução.