Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

No seguimento das notícias vindas a público sobre a possível ida da concessionária Be Water – Águas de Paredes, pedindo uma indemnização de 200 milhões de euros, depois do anúncio do resgate da concessão pela Câmara de Paredes, o PSD emitiu uma carta aberta ao presidente da autarquia responsabilizando-o por esta “hipoteca” do município, caso se concretize.

“Com a medida agora aprovada por Alexandre Almeida, a ser verdade o pedido de 200 milhões de euros, o PSD de Paredes responsabiliza este edil pela hipoteca da autarquia, da qual resultarão prejuízos elevados para a população do concelho que irá ser privada de melhorias em todas as suas infra-estruturas”, sustentam.

“É verdade que a Be Water pretende ser indemnizada com 200 milhões de euros para que o resgate da concessão em Paredes se concretize? É verdade, ou não, que Alexandre Almeida já sabia desta intenção da Be Water aquando da última Assembleia Extraordinária, reunida a pedido dos deputados do PSD, para se discutir este tema, e a escondeu de todos os membros da Assembleia Municipal?”, questiona o PSD Paredes no documento enviado.

A comissão política, liderada por Ricardo Sousa, volta a acusar o presidente da Câmara de “premiar com 22,5 milhões de euros a Be Water, em detrimento de lhe exigir uma indeminização pelos mais de 30 milhões referentes ao investimento que esta não fez e ao qual estava contratualmente obrigada”.

“O PSD alertou publicamente, por diversas vezes, Alexandre Almeida de que estava a percorrer um caminho perigoso já que estava a dar argumentos à Be Water para explorar a situação. Agora, a empresa sente-se com legitimidade para exigir um valor deste calibre”, continua a carta emitida, perguntando ainda ao autarca porque “escondeu” as negociações e sempre disse que as relações com a empresa eram as melhores e estava para breve um acordo que nunca aconteceu.

Ricardo Sousa ironiza ainda sobre a situação: “Alexandre Almeida pretende uma glória ao informar os paredenses que conseguiu reduzir os 200 milhões de euros para um valor inferior ao pedido numa eventual negociação?”.

O Verdadeiro Olhar questionou a autarquia que, para já, não comenta estas notícias vindas a público.