Felismino Madeira foi reeleito presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, com 88 votos. O dirigente, único candidato às eleições, que decorreram no sábado, diz que os principais objectivos para o próximo mandato passam por continuar a apostar na formação, adquirir novas viaturas e obter novos financiamentos para a corporação.

 

Dirigente diz ter “casa arrumada”

A lista agora eleita pouco diverge em relação à que liderou a instituição nos últimos três anos. Trata-se de uma equipa “de amigos” que pressupõe a continuidade do trabalho que já estava a ser realizado, explica Felismino Madeira. José Júlio é o vice-presidente da direcção, José Reis de Sousa presidente da Assembleia-Geral e João Filipe, presidente do conselho fiscal.

Apesar da idade que “já pesa”, 76 anos, Felismino Madeira aceitou liderar a associação humanitária por mais três anos. “É muita responsabilidade mas tenho uma boa equipa”, afirma. O dirigente diz já ter “a casa arrumada” depois da polémica que levou à demissão do comando em divergência com a direcção. Recorde-se que o comando tinha indicado uma bombeira assalariada da corporação para integrar a equipa de comando, nome que foi rejeitado pela direcção.

Felismino Madeira garante que tem “boas expectativas” em relação ao futuro e “esperança” no novo comandante e nas suas novas ideias.

Os objectivos para este novo mandato passam por continuar a apostar na formação, adquirir novas viaturas e obter novos financiamentos para a associação. “É muito difícil uma associação destas aguentar-se. Vivemos do pouco que o Estado dá e do dinheiro dos transportes, já que na nossa área há poucas empresas e as pessoas têm poucas posses. Não devemos nada a ninguém mas é muito difícil”, sustenta o presidente da instituição. Além de receberem um pequeno subsídio da câmara, realizam um peditório anual, mas só em vencimentos são pagos mais de 10 mil euros mensais, salienta.

Felismino Madeira tem 76 anos e integra a associação humanitária há cerca de 12 anos. É reformado e já integrou uma direcção como vice-presidente e estave à frente dos destinos dos bombeiros de Paço de Sousa nos últimos três anos. Diz-se “apaixonado pela causa” e considera-se “um bombeiro sem farda”. A tomada de posse da nova direcção decorre no dia 26 de Dezembro.