Paredes: Em prisão preventiva por agredir, humilhar e ameaçar de morte companheira

Homem de 35 anos tinha sido detido em Março para cumprir pena de prisão efectiva de um ano e seis meses, mas beneficiou do perdão devido à situação relacionada com a pandemia COVID-19

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Um homem de 35 anos ficou em prisão preventiva na sequência de uma investigação do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de Penafiel da GNR por crime de violência doméstica, em Paredes.

Segundo comunicado, os militares da Guarda apuraram que o suspeito exercia violência física e psicológica, ameaças de morte, injúrias, humilhações e desprezo para com a vítima, sua companheira, de 30 anos, com quem mantinha uma relação há cerca de um ano.

“Apurou-se ainda que ao longo da relação, a vítima sofreu vários episódios de agressões físicas, chegando a ser obrigada a permanecer dentro de uma banheira cheia de água gelada por um período de duas horas, bem como num lugar ermo, tendo sido alvo de espancamento com uma trave de madeira”, descreve a GNR.

Mais recentemente, a 8 de Junho, voltou a agredir a mulher que ficou “impedida de se deslocar a um posto médico para receber assistência médica, bem como ir a uma farmácia para adquirir analgésicos para as dores”.

Só quando, depois de implorar, o homem a levar à farmácia no dia seguinte é que a mulher conseguiu pedir socorro.

A vítima foi colocada numa casa abrigo, mas mesmo assim o  homem ainda a tentou coagir a desistir da queixa, ameaçando-lhe os filhos (de uma outra relação) e a mãe de morte.

“O suspeito já cumpriu uma pena de prisão efectiva de cinco anos e nove meses pelos crimes de violência doméstica, coação e ofensa à integridade física grave, bem como, no mês de Março, foi detido para cumprimento de uma pena de prisão efectiva de um ano e seis meses, a qual não chegou a cumprir, beneficiando do perdão devido à situação relacionada com a pandemia COVID-19”, explica a GNR.

Está ainda pendente um outro processo também por violência doméstica, que aguarda julgamento desde 2019.

Presente a tribunal ficou em prisão preventiva.