Adriano-Ribeiro-featuredA Assembleia de Freguesia de Campo decidiu recentemente, a conclusão de um dos processos que mais importantes consequências negativas, poderiam ter (e não sei se tiveram) para a freguesia.

Desde o início deste processo, que para a CDU, as dúvidas foram sempre maiores que as certezas.

Certezas que afinal nunca chegaram a ser e dúvidas que continuam a prevalecer.

Quando a Junta de Freguesia propôs a venda de terrenos a uma imobiliária, a CDU foi contra e porquê?

Porque quando se ia discutir essa proposta, apareceu alguém, identificando-se como representante de um possível proprietário, exibindo um documento em forma de Escritura, a justificar como sendo seus, os terrenos que a Junta de Freguesia de Campo se estava a preparar para vender.

Por proposta da CDU, essa reunião foi suspensa, para que fosse possível analisar tal documento, uma vez que cabia à Junta de Freguesia, analisar o assunto através de serviços competentes para o efeito.

Veio posteriormente a Junta, voltar a propor a venda do terreno, com o pretexto da urgência de não inviabilizar um projecto de construção de uma fábrica, que permitiria a criação de 400 postos de trabalho na nossa terra. (a treta do costume)

E porque a Junta continuava a não apresentar provas que convencessem, a CDU votou contra a venda do terreno. Sendo acusada mais uma vez, de só saber votar contra.

Mas o terreno acabou por ser vendido, sob o compromisso de não se tocar no dinheiro, para a eventualidade de o ter de devolver.

Todos viemos a saber posteriormente, que afinal, o dinheiro foi se gastando por conta.

Numa fase posterior e mais recente, na posse de algum dinheiro que ainda restou, veio a Junta de Freguesia propor, que se comprasse o terreno para o alargamento da feira de Campo.

A CDU novamente com as devidas cautelas, sugeriu que se comprasse o terreno sim, mas sem se mexer no dinheiro que devia estar cativo. Para a eventualidade de poder ter de ser devolvido a quem reclamasse serem seus tais terrenos e o pudesse provar em Tribunal.

Mas como as sugestões da CDU mais uma vez não foram aceites, o terreno para o alargamento da Feira foi comprado com o dinheiro que restava da venda de terrenos, que não se sabia se eram da Junta.

E porque não quiseram aceitar as nossas sugestões e compraram o terreno com dinheiro que não sabiam se era da Junta, a CDU votou contra.

E foram novamente a os eleitos da CDU, apontados como os que só sabem votar contra.

Veio agora em Dezembro deste ano, a Junta de Freguesia propor à Assembleia, que se confirmasse o acordo assumido pela Junta em Tribunal e que se reconhecesse que os terrenos vendidos pela Junta, afinal, se calhar não eram da Junta,

E sob o risco de a não ser aceite a proposta da Junta, correr-se o risco também, de ter de se devolver todo o dinheiro recebido pela Junta de Freguesia e também já todo gasto.

E se já estava todo gasto, onde é que se iria buscar o dinheiro para se devolver?

E porque entendemos que caso o processo não se ficasse por aqui e que continuasse a avançar para julgamento; poderiam ser graves e muito graves as consequências para a Freguesia, a CDU absteve-se para permitir o acordo.

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Vereador da Câmara Municipal de Valongo pela CDU - Coligação Democrática Unitária