No passado fim-de-semana, Freamunde (em Paços de Ferreira) assinalou os 300 anos do foral de D. João V que legalizou a feira do capão. Foram mais de 20 mil pessoas que visitaram o centro urbano da freguesia entre 13 e 15 de Setembro, segundo explica José Luís Monteiro, presidente da Junta.

Conta que o objectivo de “fazer chegar a mensagem a Portugal inteiro” foi cumprido, uma vez que “chegou a todos os cantos do mundo”, muito pelos emigrantes que tiveram conhecimento e acompanharam as actividades através das redes sociais.

O evento – que não pretendeu ser uma feira de artesanato nem medieval – contou com uma feira de gado, (bovino, asinino, caprino e o centro das celebrações, os capões), recriações históricas, dança, teatro, animação de rua e música. Os capões ocuparam o tradicional lugar de destaque, em frente à capela de Santo António, em duas gaiolas de madeira.

Quanto à recriação da leitura do foral, José Luís Monteiro conta que terá sido a primeira vez que se realizou e que “foi uma encenação muito gira”, tendo sido um cavaleiro a levar o documento a ser lido. “Muita gente desconhecia que esta feira tinha 300 anos de existência legal”, acrescenta.

No entanto, todas estas actividades e espectáculos tiveram um trabalho de bastidores que foi realizado por associações locais, em parceria com a Junta de Freguesia de Freamunde e com o apoio da Câmara Municipal de Paços de Ferreira. Foram cerca de sete associações e 17 pessoas directamente na organização, muitas delas já habituadas a fazer parte de festas, mas o evento envolveu quase todas as associações locais.

O presidente conta que o “principal mérito” e o “maior orgulho” foi “a junção das sinergias”, “conseguir unir as associações e pô-las a trabalhar em conjunto”. “Uma pessoa só não mexe o mundo, mas uma equipa mexe”, remata.

Publicidade