Foi criada, na freguesia de Torno, na vila de Aparecida, em Lousada, uma Habitação de Emergência Municipal “descentralizada”. O objectivo é ter mais espaços destes espalhados pelo concelho, para dar resposta a situações variadas de emergência social e protecção civil.

Neste caso em concreto, a estrutura ocupará “parte de um edifício que anteriormente funcionava como jardim-de-infância e que ultimamente foi cedido à Paróquia para o desenvolvimento de algumas actividades”, refere o vereador da Habitação. “Em conversa com o senhor Padre e com a presidente de Junta estabeleceu-se um acordo para a ocupação de parte deste edifício de modo a dar apoio às pessoas que, em situação de emergência, vêem-se na necessidade de encontrar um espaço digno para viverem alguns dias até que a sua situação fique resolvida”, adianta Nelson Oliveira.

A habitação de emergência terá dois quartos, uma cozinha/hall onde podem ser preparadas algumas refeições ligeiras e uma casa de banho com todas as condições, assim como um pequeno espaço exterior devidamente vedado e independente, explica o autarca. No total terá capacidade para albergar até seis pessoas.

Nelson Oliveira frisa ainda que se aproveitou a intervenção realizada para “reabilitar todo o edifício e a sua envolvente”.

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A meta da Câmara de Lousada é “dotar o concelho de espaços que sirvam de apoio de emergência junto dos lousadenses que numa determinada altura e privados da sua habitação, pelas mais variadas razões, tenham um espaço digno, cuidado e cómodo para passarem aquela noite, de forma pontual e até ser resolvida a questão de base que esteve na origem do problema”. “Essencialmente esta estrutura poderá albergar vítimas de situações ligadas a emergência social e protecção civil”, dá como exemplo o vereador.

A intenção do Município passa por “preparar alguns espaços a este nível no concelho” para que a população que atravesse um “período difícil, possa ter um espaço de rectaguarda seguro”. Haverá espaços descentralizados no território “para que seja mais fácil a adaptação das pessoas e mais rápida a sua instalação”, sustenta o autarca lousadense.

Actualmente, diz Nelson Oliveira, a Câmara Municipal já tem dois apartamentos de emergência em Meinedo e um outro no centro de Lousada. Mas “esta é a primeira estrutura devidamente direccionada para uma situação pontual, de rápida resolução e que não possa vir a ter carácter permanente”, clarifica. Está a ser criado um regulamento para definir as regras de utilização do espaço.