O ex-bastonário da Ordem dos Médicos esteve em Paredes, onde falou do estado da saúde na região e no país, mostrandos-se preocupado com o facto de “74%” das pessoas estarem descontentes com os serviços praticados na área da saúde no nosso país”, aludindo a uma sondagerm, realizada recentemente, por um jornal semanário nacional.

“O poder político tem responsabilidades nesta matéria”, porque Portugal “é dos países que mais forma médicos, enfermeiros e outros especialistas, mas “uma elevada percentagem destes profissionais opta pelo privado ou por exercer a sua profissão no estrangeiro”, disse Miguel Guimarães, durante um encontro, promovido pelo PSD de Paredes.

Para o médico, esta situação resulta do facto de as carreiras e honorários, nesta área, estarem “completamente desfasados”, comparativamente às unidades de saúde privadas e a outros países, lamentou o médico.

Ricardo Sousa, líder do partido e moderador da conversa, aproveitou a ocasião para mostrar a sua preocupação sobre o “funcionamento” e a falta de Unidades de Saúde Familiares (USF) no município de Paredes, levando a que a população local tenha que recorrer ao Hospital Padre Américo, mesmo “sabendo que corre o risco de ficar em macas nos corredores”.

“A população de Paredes e dos concelhos limítrofes não deve ficar calada”, defendeu o ex-bastonário, acrescentando que, os problemas nos grandes hospitais, como o S. João ou Santa Maria, “vão-se resolvendo”, devido à pressão da comunicação social, que faz eco das queixas dos utentes.

Por isso, sustentou que, deve existir “pressão da população, sobre o poder politico”, para que seja melhorada a prestações de cuidados do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa”.

Também a questão das Unidades Locais de Saúde (ULS), esteve em cima da mesa. Segundo Miguel Guimarães, “a legislação teria que mudar e a sua implementação devia ser feita de forma gradual, em função do sucesso das que se fossem implementando”.